CRIMES SE MULTIPLICAM NA FRONTEIRA COM O PARAGUAI; polícia fala em disputa entre facções criminosas

Haylee, filha do governador, foi morta com 14 tiros (FOTO: Reprodução G1)

Ao menos 15 pessoas foram mortas na fronteira do Brasil com o Paraguai nas últimas duas semanas. Cinco delas foram assassinadas entre a tarde de 6ª feira (8) e ontem. Uma avenida divide os dois países, ficando Ponta Porã, MS, no lado brasileiro, e Pedro Juan Caballero no departamento de Amambay, no Paraguai.

Tanta violência, segundo a PF, é resultado de disputa por território de atuação entre facções criminosas, visto que a região está na rota do tráfico de drogas e armas pesadas. Estão entre os mortos desse fim de semana Haylee Yunis, 21, filha do governador de Amambai, que levou 14 tiros, e o vereador Farid Afif, 37, de Ponta Porã, morto enquanto andava de bicicleta.

A PF acompanha as investigações, tamanha a delicadeza do momento na fronteira, por onde passa muita maconha, cocaína e armas. Uma das alternativas para reduzir o crime na região, segundo o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Fronteiras, Luciano Barros, é “aumentar os mecanismos de cooperação policial e judicial entre os dois países”, para que se tornem mais eficazes no enfrentamento do problema.

A polícia não tem pistas ainda dos assassinos. Na 6ª feira, o vereador Farid foi morto a tiros quando andava de bicicleta no lado brasileiro da fronteira. Doze horas depois, 4 pessoas foram abatidas a tiros de fuzil no lado paraguaio, ao deixarem uma balada – entre elas, duas brasileiras e a filha do governador paraguaio.

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