AUDIÊNCIA FOI AGENDADA PELO VEREADOR RODRIGO DA ONG, QUE LEVARÁ REPRESENTANTES DO HOSPITAL E DA CÂMARA A SP
Presidente da Alesp-Assembleia Legislativa de SP, o deputado Carlão Pignatari (PSDB) irá receber comitiva jauense para discutir a crise financeira da Santa Casa na próxima 3ª feira 23. A informação foi dada pelo vereador Rodrigo da ONG (PP), que recebeu relatório com os déficits acumulados do hospital, acompanhou o noticiário do HORAH sobre a gravidade do problema e não teve dúvida em buscar apoio para salvar a instituição.
“Fiz contato com o deputado imediatamente, expliquei a situação e ele se colocou à nossa disposição”, disse o vereador. “A Santa Casa é uma verdadeira guerreira, que apesar de tudo não mede esforços pra atender a população”, comentou, observando que desta vez a crise atingiu níveis insuportáveis, as dívidas acumularam muito e é preciso agir rápido.
“Na terça-feira estaremos com uma comitiva lá em São Paulo, junto com representantes da Santa Casa, os vereadores da nossa Câmara Municipal e o próprio presidente João Brandão, que também é irmão da Santa Casa”, informou Rodrigo. Aliás, dia 9 a Irmandade de Misericórdia do Jahu, mantenedora do hospital, fez assembleia e apresentou a situação crítica a todos os irmãos; ontem (16), o provedor Alcides Bernardi Jr declarou ao HORAH que não está vendo outra solução “senão entregar a administração do hospital para o estado ou o município”.
Rodrigo recorreu ao presidente da Alesp pelas “boas relações que ele tem com o governo do estado”, mas disse que também continua correndo atrás de emendas parlamentares para auxiliar financeiramente a Santa Casa. “Recentemente conseguimos R$ 500 mil junto ao nosso partido, com apoio do nosso colega de bancada, vereador Chupeta, e do nosso presidente municipal, o vice-prefeito Tuco Bauab, e estamos tentando mais recursos”, informou.
A crise financeira da Santa Casa vem aumentando ano a ano. Segundo relatório encaminhado ao Ministério Público, prefeitura e câmara, em 2020 o hospital teve déficit de R$ 3,7 milhões, ano passado subiu para R$ 5,2 milhões e, só de janeiro a maio deste ano, o prejuízo acumulado já estava em quase R$ 10,5 milhões. Segundo o provedor Jr Bernardi, houve aumento exagerado nos custos após a pandemia e, ao mesmo tempo, uma demanda muito maior por atendimentos de saúde. Em contrapartida, a tabela de procedimentos do SUS não é reajustada há mais de 20 anos e o convênio com a prefeitura para manutenção do pronto socorro paga menos do que o hospital gasta.
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