DANIEL NEGA AUMENTO DE TARIFA E EXIGE TRABALHO DAS EMPRESAS DE ÔNIBUS

PARTE DOS MOTORISTAS DA ‘GRANDE MARÍLIA’ PAROU NESTA 3.a FEIRA POR ATRASO NOS SALÁRIOS: “FOMOS PEGOS DE SURPRESA”, DISSE PREFEITO, QUE AMEAÇOU SUSPENDER CONTRATOS (FOTO: Reprodução Web)

O prefeito Daniel Alonso alegou ter sido “pego de surpresa” com a paralisação parcial de funcionários da empresa de ônibus Grande Marília nesta 3.a feira (23), recomendou que o problema seja resolvido “o mais rápido possível” e ameaçou suspender os contratos com a Grande Marília e a Sorriso, colocando “uma nova ou novas empresas” para fazer o transporte coletivo de passageiros na cidade. Os motoristas que cruzaram os braços exigiam receber os 60% que estão atrasados de seus salários, mas decidiram encerrar o protesto e iniciar greve na próxima 2.a feira (1/3), caso o problema não seja equacionado.

“Esse é um problema das empresas com seus funcionários, não tem nada a ver com a Prefeitura nem com o Daniel”, disse o prefeito em live transmitida de Brasília, do gabinete do deputado federal Capitão Augusto, onde o prefeito se encontrava hoje cedo. Ele disse que estava em Brasília, entre outras reivindicações, para “buscar uma solução para o déficit das empresas de transporte coletivo, que é um problema nacional” vivido nessa época de pandemia. Daniel admitiu queda no movimento das empresas “em mais de 50%”, mas disse que não irá tirar dinheiro de outros setores “e transferir para essas empresas”.

Daniel citou algumas vezes o fato de as empresas terem solicitado reajuste tarifário em dezembro de 64%, índice considerado absurdo e que elevaria a passagem dos atuais R$ 3,80 para inimagináveis R$ 6,24. “Não posso admitir uma tarifa neste valor, a população está sofrendo muito”, justificou, reiterando que não permitirá esse aumento. Ele disse que vem dialogando com as empresas – ontem, inclusive, teria se encontrado com representantes delas – em busca de alternativas. “A saída está em Brasília, não em Marília”, ponderou.

OUTRO LADO – Em nota da assessoria de imprensa, a Grande Marília lamentou a paralisação e informou não dispor de “fluxo de caixa para o pagamento dos salários” por causa da tarifa congelada desde março/19, da pandemia e da falta de “auxílio emergencial da Prefeitura” — sem o que “não tem como haver previsão para o pagamento”. A empresa estima o prejuízo acumulado desde o início da pandemia “em torno de R$ 4,2 milhões, somente referente ao desequilíbrio entre despesas e receitas no período”. Após o fim da paralisação teria havido acordo da empresa com o sindicato dos motoristas. Antes, o sindicato informou que se não fosse pago o atrasado, protocolaria amanhã (24) um Aviso de Greve que seria deflagrada na 2.a feira.

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