Agentes da 3.a Delegacia de Homicídios da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DH/Deic) de Bauru identificaram as três pessoas que estavam com o adolescente de 15 anos, encontrado morto num prédio em construção e abandonado na Vila Regina, em Bauru, no sábado 25. Segundo a polícia, trata-se do mesmo menor que é suspeito de ter invadido a casa e matado casal de idosos e o genro deles na cidade vizinha de Agudos, no dia anterior.
A identificação só foi possível após análise de 48 horas de gravações de vídeo a que a polícia teve acesso, mas para conclusão das investigações ainda é necessário aguardar o laudo da perícia feita no local onde o corpo do adolescente foi encontrado. Delegado Cledson do Nascimento, que chefia as apurações, confirmou que os três disseram que o menor de Agudos sofreu uma queda acidental, ficou muito ferido e morreu.
As imagens mostram que na tarde do sábado os quatro entraram no prédio e, momentos depois, só três saíram. Identificados, estão entre eles um adolescente de 16 anos e dois jovens, de 18 e 20 anos de idade, todos moradores de Agudos, tal qual o outro, de 15 anos, que morreu no local e é o apontado pelo assassinato dos idosos e do genro deles.
Ouvidos na Deic, os três jovens confirmaram ter ouvido do adolescente que ele roubou R$ 800 e uma joia dos idosos Aparecido Roberto Carrasco, 74 anos, e Joana de Fátima, 70, sem dizer que os matou. Contudo, o rapaz é suspeito de assassina-los a facadas, bem como o genro que os visitava, Valdinei de Souza, 57 anos. Cada qual foi achado em um cômodo da casa, onde também havia um princípio de incêndio no fogão (provavelmente para apagar evidências do crime).
O menor morava em edícula no terreno que faz fundo com a residência das vítimas e, no dia do crime, segundo familiares, saiu, ficou fora uns 40 minutos, depois colocou roupas em um saco e saiu, dizendo que ia encontrar um amigo. Ele comprou roupas e sorvete, dormiu na casa desse amigo da 6.a para o sábado e, de manhã, seguiu para Bauru, onde morreu.
Patrocinados pelo adolescente, os amigos disseram ter comprado salgados, lanches e refrigerantes em Bauru, tinta spray para pichações e ‘respingo de solda’ para usarem como droga, e foram para o último andar do prédio abandonado. Lá, consumiriam maconha e o ‘respingo’. Quando deixavam o local, o adolescente teria escorregado e caído em um vão da obra, onde morreu. Os amigos pegaram então cerca de R$ 300 que estavam na bermuda do rapaz e voltaram para Agudos, combinando não dizer nada a ninguém. Ouvidos na polícia, todos foram liberados.
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