Demissão da professora – ATIVISTAS E SERVIDORES VÃO PROTESTAR EM FRENTE À CÂMARA DE JAÚ

Professora Cristiane volta ao serviço público depois de 4 meses de agonia (FOTO: Reprodução/Arquivo Pessoal)

CRISTIANE BANHOL FOI DEMITIDA PELO ATUAL PREFEITO POR COBRAR EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO CONTRA COVID PARA FUNCIONÁRIOS DA SAÚDE

 

A demissão da professora Cristiane Banhol por cobrar do poder público equipamentos de proteção contra Covid-19 para profissionais da Saúde em Jaú, terá mobilização em frente à Câmara, nesta 2ª feira (13), na volta das sessões presenciais. “A gente vai estar lá pra fortalecer a mobilização que já vem sendo feita virtualmente e cobrar uma posição dos nossos vereadores”, justificou Cristiane ao HORAH.

O ato em defesa das liberdades democráticas e pela reintegração da professora ao serviço público foi deliberado por um grupo formado por ativistas, dirigentes de entidades e movimentos sociais, juventude e servidores. “Vamos estar lá a partir das 17h, com previsão para ficar até um pouco mais tarde, talvez 18h, 18h30”, explicou. Aliás, o grupo também pede novo horário para as sessões legislativas, visto que o início dos trabalhos às 16h “é incompatível para os trabalhadores, que ainda estão no serviço”.

Cristiane denunciou a falta de equipamentos de proteção para servidores da Saúde nos primeiros meses da pandemia, em 2020, e respondeu a processo administrativo instaurado na gestão Rafael Agostini. A conclusão foi pela demissão dela, mas a pena acabou substituída por suspensão de 15 dias após recurso e reavaliação administrativa. Já no governo Ivan Cassaro, ante outras cobranças feitas em defesa dos servidores, o processo foi desarquivado para “reanálise”, a suspensão anulada e convertida em demissão assinada pelo prefeito e executada pelo secretário de Governo Paulo Ivo. Foi em agosto.

Conhecido por atuar na defesa de ativistas sociais, advogado Waldemir sustenta que houve “perseguição política” a Cristiane (FOTO: Reprodução Facebook)

Na última 6ª feira (10), a defesa de Cristiane protocolou nova argumentação administrativa e aguarda o resultado final, mas com a professora fora do cargo. Caso ela não seja reintegrada, o advogado Waldemir Soares Jr, da CSP-Conlutas, promete ingressar “com uma ou até duas ações” na Justiça comum. Ele pretende recolocar Cristiane na sala de aula e pedir indenização. “Está evidente que ela foi vítima de perseguição política, tanto no governo anterior quanto no atual”, afirma. Além de maciço apoio popular, Cristiane também conta com a defesa dos vereadores da oposição, notadamente de Mateus Turini, que também é da área da Educação.

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