SARGENTO NERI (Solidariedade) ESPERA “O MESMO RIGOR” USADO CONTRA COMERCIANTES
Deputados do chamado Grupo PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento) da Assembleia Legislativa de SP estão denunciando o governador João Doria, secretários estaduais e deputados que estiveram no lançamento da Microrregião Administrativa de Jaú, semana passada, por aglomeração. “É uma hipocrisia, porque eles impõem tantas restrições à população e ao comércio e fazem justamente o contrário nesses eventos”, justificou o deputado Sargento Neri (Solidariedade), um dos que assinam a representação ao Ministério Público (MP) da Saúde.
No caso de Jaú, o evento foi no campus da Unoeste, com presença de Doria, secretários estaduais como Marco Vinholi, do Desenvolvimento Regional, e deputados, como o líder do governo na Assembleia, Vinícius Camarinha (PSB), e o federal Rodrigo Agostinho (MDB), de Bauru, dentre outros. “Espero que o MP aja com a mesma seriedade e rigor que faz contra o seu José, dono do restaurante. Fotos e o noticiário deixam claro que houve aglomeração, além de promoção pessoal para alavancar os candidatos do governo nas eleições do ano que vem”, explicou Sargento Neri.
Ele falou ao HORAH com exclusividade e antes até de protocolizar a representação, “em respeito à credibilidade de vocês”, alegou. O deputado citou mais de 12 mil estabelecimentos comerciais que fecharam por causa da quarentena, disse que sempre se opôs “a essa restrição maluca” e que o governador “promoveu uma quebradeira” jamais vista no estado. “Aí aparece nesses eventos de finalidade política juntando 200, 300, 500 pessoas num salão, descumprindo o decreto baixado pelo próprio governo”, acrescentou. Ele exime de responsabilidade os prefeitos por entender que eles acabam usados pelo governo ao correrem atrás de benefícios para suas cidades.
Assinam a representação por aglomeração em Jaú, além de Neri, os deputados Cel. Telhada, Márcio Nakashima, Conte Lopes, Tenente Coimbra, Agente Federal Danilo Dallas, Letícia Aguiar, Adriana Borgo e Coronel Nishikawa. Eles fizeram o mesmo com eventos iguais promovidos em outras localidades, como em Marília, dia 24 de junho. “Que o MP tome as providências cabíveis, previstas no próprio decreto do governador, contra todos eles”, finalizou Sargento Neri.
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