DIG anuncia prisão temporária de irmãs que teriam matado aposentado

Donizete Rosa, vítima do crime bárbaro (FOTO: DIG/Reprodução HoraH)

POLÍCIA TAMBÉM DIVULGA FOTO DA VÍTIMA E DESFAZ EQUÍVOCO DE QUE SERIA HOMEM DE ORIGEM ASIÁTICA; familiares dele residem na região de Marília

A Justiça de Marília acatou solicitação do delegado titular da DIG, Luiz Marcelo Sampaio, e decretou a prisão temporária das irmãs Wania Santos Silveira, 52 anos, e Andrea Santos Silveira de Souza, 49. Elas são as principais suspeitas de matar, ocultar o corpo e depois ‘desova-lo’ enrolado em cobertores e sacos plásticos em plena área comercial da cidade no início da madrugada da 4.a feira 9. Depois de informarem vários nomes falsos, as irmãs foram finalmente identificadas pela DIG, sendo a primeira natural de Brasília-DF e a outra, de Belo Horizonte-MG.

Delegado Luiz Marcelo, da DIG: investigações continuam (FOTO: Reprodução Jornal do Povo)

Elas foram detidas na manhã desta 5.a feira 10 no centro de Marília, após chamarem a PM alegando terem sido vítimas de roubo e agressão por dois homens, mas contando histórias desconexas. Por fim, acabaram reconhecidas como as mulheres que aparecem nas imagens das câmeras de segurança da rua 4 de Abril, Centro, por volta dos 15 minutos de ontem, arrastando sacos plásticos que envolviam o corpo de um homem. Mais tarde, por causa do forte mau cheiro que exalava do embrulho, a polícia foi chamada e descobriu o corpo de Donizete Rosa, 60 anos, possivelmente morto “há uns quatro ou cinco dias”, segundo estimativa inicial dos peritos e legistas que foram ao local.

Inicialmente a polícia acreditava se tratar de um homem de origem asiática, visto que o rosto estava muito ferido e inchado, já com o corpo em estado de decomposição, aparentando ser um chinês ou japonês. Pelas imagens gravadas a polícia chegou ao prédio de onde o corpo foi removido pelas duas mulheres, ali mesmo na rua 4 de Abril, e identificaram o apartamento em que residia o aposentado Donizete, muito conhecido naquela região da cidade. Está sendo averiguada a informação de que as irmãs estariam morando com ele há cerca de um ano, contratadas como cuidadoras, já que o homem tinha problemas de saúde e de mobilidade. No local a perícia encontrou manchas de sangue, roupas femininas novas, pétalas de flores e simbologia religiosa. O corpo pode ter sido mantido no apartamento todos esses dias, até elas decidirem ‘desova-lo’.

Parentes de Donizete teriam sido identificados em Gália, município vizinho de Marília, e estariam sendo contatados pela polícia. Ainda no apartamento da vítima, os policiais encontraram extrato bancário indicando um empréstimo consignado de aproximadamente R$ 25 mil, dinheiro que pode ter ficado com as suspeitas do crime. As imagens disponíveis mostram ainda que pouco antes de aparecerem arrastando o corpo na rua, as mulheres chamaram um carro por aplicativo que chegou a abrir o porta-malas, mas recusou o serviço quando elas pediram ajuda para por os sacos plásticos no porta-malas — a polícia quer chegar ao motorista (o carro é um Nissan) para saber se ele desconfiou se tratar de um corpo. As investigações continuam para determinar as reais motivações para o crime bárbaro que chocou a cidade.

Irmãs flagradas pelas câmeras de segurança arrastando sacos plásticos com o corpo dentro (FOTO: Reprodução/câmeras segurança)

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