DIG prende envolvidos com o ‘tribunal do crime’; vítima segue grave na UTI

Policiais civis conduzindo dois dos primeiros presos neste crime à CPJ Jaú (FOTO: P. Civil Jaú/Reprodução)

Agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú prenderam quatro dos sete homens identificados como participantes de uma espécie de ‘tribunal do crime’, que no sábado 26/11 sequestraram e agrediram violentamente rapaz de 23 anos, deixado em uma mata na zona rural. Localizado desacordado, ele foi socorrido à Santa Casa com “politraumatismo e grave traumatismo crânio-encefálico”, permanecendo internado na UTI até o momento, segundo nota distribuída pela Polícia Civil.

Nesta 2.a feira (5), equipes da DIG com apoio da DISE e das polícias de Barra Bonita e Dois Córregos realizaram a Operação Tabuleiro para dar cumprimento a sete mandados de busca e de prisões temporárias contra os investigados. A nota diz que “foram capturados quatro homens que participaram do crime” e que os demais estão foragidos, entre eles o mandante. Aliás, contra ele pesam ainda mais três mandados de prisões preventivas pelos crimes de tráfico de drogas e roubo.

Polícia apreendeu várias roupas que agressores usavam no dia do crime e até uma corda, provavelmente usada para amarrar a vítima (FOTO: P. Civil/Reprodução)
Astra usado para transportar a vítima após ser sequestrada (FOTO: P. Civil Jaú)

De acordo com a polícia, V.C.G.P. foi sequestrado nas proximidades do Terminal Rodoviário de Jaú, onde já começou a ser agredido pelos sete homens que estavam em dois carros. Um deles era um GM Astra onde a vítima foi colocada e levada até perto do endereço de um dos agressores, “integrante de uma facção criminosa, que então teria ordenado as sessões de tortura”. Daí em diante, V. apanhou de todos os sete homens. A DIG localizou inclusive imagens comprovando o sequestro da vítima e agressões, pelas quais foi possível identificar a maioria dos agressores, “todos com antecedentes criminais, especialmente por tráfico”.

As buscas feitas pelos policiais recolheram roupas que os investigados usavam no dia do crime, uma corda provavelmente usada para amarrar a vítima e o Astra. Contudo, “as diligências prosseguem para apurar a motivação do crime e a eventual participação de outros indivíduos, dentre eles um que aparece nas imagens” — não foram fornecidos mais detalhes sobre ele. A nota finaliza informando que “os presos seguiram para a carceragem da CPJ Jaú, onde aguardam as audiências de custódia”.

HORAH – Você sabe tudo