DONO DAS BÚFALAS DE BROTAS É PRESO AO DEIXAR MERCADO NA PRAIA

Pecuarista Luiz Augusto, que deixou animais sem água e comida, é finalmente preso (FOTO: Reprodução/TV Globo)

O pecuarista Luiz Augusto Pinheiro de Souza foi preso pela Divisão de Capturas da Polícia Civil em São Vicente, litoral de SP, quando deixava um supermercado. Herdeiro da fazenda Água Sumida em Brotas, região de Jaú, onde mais de mil búfalas e outros animais foram encontrados em condição de maus-tratos e subnutrição, Luiz Augusto era considerado foragido da Justiça após ter a prisão preventiva decretada em dezembro do ano passado.

Voluntários que ajudam a cuidar das búfalas, cavalos e até cachorros da fazenda desde então, comemoraram a prisão de Luiz Augusto. O pecuarista, que também é médico, foi denunciado pelo Ministério Público (MP) de Brotas por vários crimes, entre eles maus-tratos, falsificação de documentos e falsidade ideológica. Tão logo os animais foram encontrados agonizando ou já mortos de fome e sede na fazenda, ele foi multado em R$ 4 milhões e chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$ 10 mil e foi colocado em liberdade; porém, com o andamento das investigações, a descoberta de valas com dezenas de carcaças de animais na propriedade e ameaças, o fazendeiro teve novo pedido de prisão enviado à Justiça.

Semana passada, a Justiça já havia determinado a doação dos animais à ONG ARA (Amor e Respeito Animal), que lidera o amparo e cuidados às búfalas na fazenda. A estimativa dos especialistas é de que os animais só estarão totalmente recuperados em 2 anos, tamanho o impacto causado pela falta de água e comida. Laudos de peritos da USP e Unesp indicam ainda que parte desses animais jamais voltará à normalidade.

Búfalas desnutridas foram encontradas na propriedade: maus-tratos (FOTO: Reprodução/G1)

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