Em Carta Aberta à população de Jaú, donos de bares, lanchonetes, pizzarias e restaurantes criticam a proibição de abrirem os estabelecimentos para atendimento presencial, reafirmam que não conseguem manter os negócios e pedem a liberação do setor para funcionar. Para evitar protesto da categoria marcado para a última 6ª feira (19), o prefeito Rafael Agostini se antecipou e anunciou a flexibilização do setor, sem dar detalhes de como isso será feito.
Na Carta, os comerciantes dizem não concordar “com a política separatista” imposta pelo Município, onde alguns setores da economia funcionam e outros não, e pedem “isonomia” – ou seja, igualdade de condições. A categoria está de portas fechadas há mais de 70 dias, diz que já apresentou “manual responsável” de retomada dos trabalhos à Prefeitura, com “total segurança dos nossos clientes”, mas que ainda não foi atendida.
Em vídeo postado nas redes sociais na 6ª feira, os líderes da categoria, Nilson Ullrich e Adriano Panacho, disseram aguardar pelo decreto de Rafael nesta 2ª feira, reabrindo as portas do setor da alimentação amanhã (23). Caso contrário, retomariam o protesto previsto anteriormente. “Não entendemos o que nos diferencia dos outros seguimentos e o que impede que sejamos incluídos (na flexibilização), com as devidas cautelas sanitárias”, escrevem na Carta Aberta. Os comerciantes dizem que o setor “já não aguenta mais”, que as “contas não fecham, mas nossas portas irão fechar (ou seja, podem ter de encerrar os negócios)”.
E AGORA? – A situação de Rafael é incômoda. Quando a cidade estava classificada no Plano SP de flexibilizações na chamada Fase 3, que permitia a abertura do setor da alimentação, o prefeito não permitiu que bares e restaurantes trabalhassem; agora que Jaú foi rebaixada para a Fase 2, que proíbe abertura desses estabelecimentos, ele sinaliza com a possibilidade de libera-los. Por isso é grande a expectativa pelo conteúdo do decreto de Rafael, esperado para hoje.
HORAH – Você bem informado
