E se a moda pega? – Prefeitura de Prudente corta alimentação e reduz orçamento dos Bombeiros pela metade

Sede dos Bombeiros de Prudente: sem alimentação e com verba reduzida em 50% (FOTO: Google/Reprodução)

Em Jaú, funcionários do SAMU reclamam informalmente que estão fazendo ‘vaquinha’ para comprar café e gás de cozinha

Por meio de ofício encaminhado ao comando do 14.o Grupamento de Bombeiros, a Prefeitura de Presidente Prudente comunicou no dia 29 de dezembro último que cancelou o pagamento da alimentação que era fornecida ao efetivo e que cortou pela metade o orçamento destinado à corporação para 2024. Com isso, serão repassados R$ 1,270 milhão para o ano inteiro.

O documento foi assinado pelo secretário da Administração João Donizete Veloso dos Santos, que também está respondendo interinamente pela Chefia de Gabinete do prefeito da cidade. A justificativa é que houve necessidade de fazer “adequação do orçamento” para este ano e, com isso, “necessidade de redução de 50% de corte no planejamento previsto”.

No mesmo ofício, João Donizete ainda informa que ao longo do ano não será mais possível repassar verbas para o custeio da alimentação dos integrantes do Corpo de Bombeiros de Prudente. Apesar de a imprensa da cidade ter feito solicitação via assessoria, a prefeitura ainda não deu mais explicações sobre os cortes.

JAÚ – A preocupação é que essa moda pegue, porque em outras localidades serviços essenciais estão passando por dificuldades para se manterem. É o caso de Jaú, onde funcionários do SAMU 192 reclamam informalmente para a imprensa que já estavam tendo de fazer ‘vaquinha’ para comprar café, e, mais recentemente, começaram a rachar também a compra do gás de cozinha. “Até isso a prefeitura cortou”, informou um funcionário ao HORAH, com o compromisso do anonimato.

Tal qual outros serviços essenciais, o SAMU é mantido com recursos repassados pelos governos federal e estadual, complementados pelas prefeituras. A manutenção das ambulâncias de suporte avançado, por exemplo, é custeada pelos municípios. No caso específico de Jaú, há também reclamação de que as viaturas vivem quebradas por falta de manutenção adequada e que ‘ambulâncias brancas’, que são veículos comuns adaptados para transporte de pacientes mais graves, estão sendo usados no lugar delas.

Recentemente o HORAH flagrou ambulância do SAMU doada pela faculdade de medicina da cidade, que estava ‘guardada’ no pátio da Secretaria da Saúde enquanto ‘ambulâncias brancas’ eram usadas para transportar pacientes graves; no dia seguinte a viatura foi colocada em uso (FOTO: HoraH)

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