Eleições – MULHERES SÃO 33% DAS CANDIDATURAS DA DISPUTA AO LEGISLATIVO EM JAÚ

Neste ano, o Cartório Eleitoral registrou 113 candidaturas de mulheres (Foto: Reprodução Web)

A presença de mulheres na política tem ganhado um lugar privilegiado no debate público nos últimos anos. Das 341 candidaturas à Câmara de Jaú, 113 são de mulheres, ou seja, 33% do total de candidatos.

Atualmente, das 17 cadeiras no Poder Legislativo Municipal, Jaú tem apenas duas mulheres como representantes da população. O que corresponde a 11,7% do número de cadeiras ocupadas.

A legislação eleitoral determina que os partidos devam lançar pelo menos 30% de candidatas e que os recursos do Fundo Eleitoral repassados a essas mulheres devem seguir a mesma proporção.

Em entrevista ao HORA H, a advogada e professora universitária Daniela Rodrigueiro analisou a cota de gênero do pleito eleitoral.

“É uma obrigação porque temos legalmente a imposição de uma cota mínima de representatividade. Hoje temos esse número de mulheres candidatas [113] porque a Lei exige que os partidos reservem espaços para mulheres. Essa medida é importante, mas pode ser tornar uma medida paliativa e até simbólica. É preciso efetivamente que contemos com mulheres em condições de concorrer, com histórico na vida política e engajamento social”, disse.

Para deixar de ser apenas simbólica a representatividade de candidaturas de mulheres aos cargos de poder, Daniela Rodrigueiro afirmou que é preciso um movimento em conjunto.

“Os partidos precisam buscar mulheres envolvidas nas questões de âmbito público e não apenas na esfera privada, como mulheres que não trabalham e outras que atuam em empresas privadas sem nenhuma inserção nos ambientes públicos, sociais e na comunidade que residem. Não é possível que a gente continue num sistema onde a representação é simbólica”, complementou Daniela.

A advogada e professora universitária alegou que as políticas públicas devem ser desenvolvidas a partir da diversidade de gênero e racial. “É preciso alcançar essa efetiva participação das mulheres. Portanto, precisamos de um movimento em conjunto que precisa avançar, seja a partir dos partidos políticos e da própria legislação, para acompanhar o diálogo político mais diverso. Se não continuaremos tendo um Poder Legislativo com apenas um ângulo de visão, tanto no âmbito Municipal, Estadual ou Federal”, analisou a especialista.

Horah – Você bem informado