Eleito para o 5.o mandato, Nardi fala do endividamento municipal e da rejeição do governo: “Foi perceptível”

Vereador Nardi, que já presidiu a Câmara e foi vice-prefeito, acaba de ser reeleito para o 5.o mandato (FOTOS: Reprodução/HoraH)

Eleito vereador para o 5.o mandato com 2.070 votos pelo Cidadania, o engenheiro Luiz Eduardo Nardi foi entrevistado ao vivo pelo HORAH Marília desta 2.a feira 21, e abordou diversos temas, entre eles o endividamento municipal, a concessão do DAEM e a rejeição gigante do governo Daniel Alonso (PL). Sobre a possibilidade de disputar a presidência da Câmara, Nardi não disse nem sim nem não, mas condicionou “a um bom relacionamento” com o prefeito eleito Vinicius Camarinha.

Nardi falou ao vivo ao HORAH Marília na edição desta 2.a feira 21 (FOTO: Reprodução/HoraH)

“A presidência se define nos últimos dias. Você faz contato e vai vendo se pode ser ou não candidato. Mas sobretudo nos primeiros dois anos, a presidência passa por um certo alinhamento com o governo municipal, que não é subserviência. Eu assumi as posições do prefeito eleito e acho necessário ter esse bom relacionamento”, comentou o vereador, que já dirigiu a Câmara no biênio 2013-2014 e foi inclusive vice-prefeito entre 2005-2008.

Dos problemas que a cidade tem e que foram pontuados por ele, o endividamento municipal mereceu destaque. “Tenho acompanhado tudo o que vem ocorrendo e acredito que haja um município extremamente endividado. Mas tenho certeza de que o Vinicius e as pessoas que o acompanham vão verificar essa dívida – que seria de R$ 1,3 bilhão ou mais – e separar o que é de curto, de médio e de longo prazo, para que ela seja enfrentada pelo prefeito”, disse. A experiência de Vinicius que já foi prefeito uma vez e que cumpriu quatro mandatos de deputado, além do bom relacionamento com o governador Tarcísio de Freitas, serão, segundo Nardi, fundamentais para resolver o problema da dívida.

Outros sérios problemas serão deixados pela atual administração, na opinião do vereador Nardi. “Há demandas muito sérias da população na área do abastecimento de água, do tratamento de esgoto, habitação e saúde, sobretudo, o que vai exigir muito da equipe do futuro prefeito”, observou. Aliás, sobre saneamento, a concessão do DAEM não foi citada por ele como um problema, apesar de o modelo ter sido duramente criticado por Vinicius durante a campanha.

“A concessão foi feita a partir de um plano municipal de saneamento que estabeleceu metas e futuros investimentos. Caberá ao prefeito exigir o cumprimento do contrato pela concessionária, que é a RIC Ambiental. Caberá a ela fazer os investimentos, que não são poucos, para recuperar o abastecimento de água e concluir o tratamento do esgoto em Marília”, disse Nardi, que já foi diretor da Sabesp e também dirigiu o DAEM.

Sobre a rejeição gigante do governo Daniel, escancarada nas pesquisas divulgadas durante a última campanha eleitoral sempre acima dos 70%, Nardi disse que já esperava. “Eu não brigo com números. E percebemos que a oferta de serviços públicos no abastecimento, no tratamento de esgoto, na habitação, limpeza da cidade, enfim, de uma série de serviços obrigatoriamente de competência da Prefeitura não foram feitos de acordo com as necessidades da população. Isso que gerou uma rejeição desse tamanho, porque todos perceberam isso com muita clareza”, analisou o vereador.

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