ELETRICISTAS FAZEM B.O. CONTRA AMEAÇAS DE CHEFE NA PREFEITURA DE JAÚ

Discussão entre o chefe Daniel (1.o plano) e um dos eletricistas: ameaças (FOTOS: Reprodução vídeos)

OBJETIVO É PRESERVAR DIREITOS EM CASO DE PROCESSO DISCIPLINAR E ATÉ AÇÃO JUDICIAL; ASSÉDIO MORAL FOI GRAVADO EM VÍDEO

 

Para resguardar direitos em um possível processo disciplinar e até ação judicial, servidor municipal do Ceprom que faz manutenção elétrica em prédios escolares registrou boletim de ocorrência (B.O.) onde relata assédio moral do chefe do setor. Vídeo feito por celular com cerca de 12 minutos de duração mostra discussão entre eles na semana passada; parte do vídeo foi parar nas redes sociais e exibida por HORAH na Rádio Piratininga.

O servidor A.C.F.V., 42 anos, é abordado pelo chefe identificado como Daniel Coutinho Peruzzi e, após intensa discussão, é ameaçado com um processo administrativo disciplinar. Em dado momento, o chefe diz que chamaria a polícia para retirar A.C.F.V. e outros dois eletricistas do Ceprom. Os servidores alegam que não tinham o que fazer por falta de condições de trabalho, principalmente de ferramentas adequadas, o que já havia sido prometido pelo secretário da Mobilidade Urbana Márcio Almeida, mas não cumprido.

Nesta 2ª feira (30), HORAH fez contato telefônico com Márcio, que estava “na estrada, em viagem”. Antes que o sinal caísse, ele explicou que “quem está acompanhando isso é o diretor do Ceprom, o Daniel”. No B.O., o servidor diz ter sido “intimidado pelo superior hierárquico, sr. Daniel, que de forma ríspida e alterada prometeu aplicar processo administrativo” a ele e seus companheiros de trabalho.

Cópia do B.O. registrado eletronicamente (FOTO: Reprodução)

A alegação do chefe seria que “não queríamos ir trabalhar e que deveríamos ir embora”, o que se negaram a fazer; daí a ameaça de “chamar a polícia para nos retirar” do local. O servidor diz que os eletricistas não receberam “suporte técnico para executar as atividades pertinentes à manutenção elétrica”, como “ferramentas básicas”, e que “a única alternativa é sentar e aguardar”. O pedido por melhores condições de trabalho existiria, segundo eles, “desde maio”.

A queixa dos eletricistas em B.O. foi para preserva-los “daqueles que desejam nos desestabilizar no serviço público”, dizem. O registro foi feito via delegacia eletrônica referente aos fatos ocorridos na 3ª feira passada, dia 24, quando chegaram para trabalhar, às 8h. O caso foi levado ao conhecimento do Sindicato dos Funcionários Públicos de Jaú (Sinfunpaem), que acompanha o desenrolar dos fatos.

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