Site do MPF cita investigações em Marília (período de 2013 a 2017); ex-prefeito nega ilegalidades
Citada no site oficial do Ministério Público Federal (MPF) como uma das 27 cidades sob investigação de irregularidades em contratos de merenda escolar, não consta que Marília tenha recebido agentes da PF nesta 3ª feira (26), quando foi realizada a Operação Cadeia Alimentar II. Apesar disso, ao menos um político se antecipou dizendo que sob sua Administração não houve qualquer ilegalidade. Ex-prefeito e deputado estadual, Vinícius Camarinha emitiu nota afirmando que, ao contrário disso, fez “importantes investimentos na merenda escolar” de Marília.
CRIMES – A assessoria de imprensa do MPF publicou que as fraudes ocorreram “entre 2013 e 2017”, e que nesta 2ª fase da operação foram cumpridos “27 mandados de prisão temporária e 55 de busca e apreensão”, todos expedidos pela Justiça Federal de Ribeirão Preto. 240 agentes participaram. A 1ª fase da operação ocorreu em maio de 2018, partindo de um frigorífico de Brodowski, com participação de empresas do mesmo grupo. A fraude envolvia licitações direcionadas em troca de propina sobre o valor dos contratos, simulação de concorrências e editais pré-elaborados pela organização criminosa.
GARÇA – Segundo o site do MPF, os mandados cumpridos hoje incluem “endereços residenciais, de órgãos públicos e de escritórios empresariais” em diversos municípios, inclusive Garça, região de Marília, onde teria sido cumprido um mandado de busca e apreensão. A Prefeitura também divulgou nota informando que “não houve presença de Policiais Federais em nenhum prédio” da Administração, mas que tem “total interesse” no esclarecimento dos fatos. Já a Prefeitura de Marília, também em nota, confirmou que não recebeu a visita da PF em nenhum prédio municipal, que o período das fraudes “se refere à administração passada”, de Vinícius, e que no 1º ano do governo Daniel Alonso apenas “cumpriu o restante dos contratos iniciados pelo ex-prefeito”.
MELHORIAS – Para finalizar, a nota acrescenta que Daniel implantou “diversas medidas de economia e melhora da qualidade da merenda”, entre elas a entrega por escola, o que proporcionou “economia de quase 50%” aos cofres públicos. Foi a atual administração também que pôs fim à cozinha piloto que havia debaixo da arquibancada do campo do MAC. O MPF informou que apreensões feitas hoje reforçam denúncias feitas em “colaborações premiadas” por 2 investigados na 1ª fase da operação.
HORAH – Jornalismo com Credibilidade
