Os prazos dados para elaboração do novo convênio entre a Prefeitura e a Santa Casa de Jaú para realização de um pacote de cirurgias eletivas não foram cumpridos e, apesar de prorrogados pelos agentes políticos envolvidos nesse processo, também esgotaram sem qualquer efetividade. A expectativa, agora, é que na próxima semana a documentação seja finalmente concluída, o convênio possa ser assinado e, só depois, as cirurgias comecem a ser realizadas. Mas não há prazo determinado para isso.
As informações foram colhidas pelo HORAH junto aos vereadores da base aliada ao governo municipal e a diretoria da Santa Casa. Os prazos iniciais foram fixados a partir de reunião no dia 13/6, entre o prefeito Jorge Cassaro, Secretaria da Saúde, diretores do hospital e o presidente da Câmara Maurílio Moretti, ocasião em que ele foi fotografado em situação constrangedora, ao dormir sentado na frente das demais pessoas.
“Houve um erro no plano de trabalho, e amanhã vence o prazo da Procuradoria pra dar o parecer, para a Prefeitura mandar para a Santa Casa para começar as cirurgias”, comentou Moretti na última reunião da Câmara, na 2.a feira (10). O prazo inicial de 20 dias determinado por ele mesmo esgotou dia 5 deste mês; o do parecer, dia 11, mas o convênio não foi estabelecido até este sábado (15). “Espero que segunda-feira (17) as coisas já tenham sido resolvidas”, comentou na manhã de hoje o vereador Tito Coló, também da base aliada e envolvido diretamente com as cirurgias eletivas, inconformado com a demora.
A reportagem apurou que a documentação para o convênio foi feita juntando todas as emendas impositivas dos vereadores; só aí a prefeitura informou que o plano de trabalho precisava ser individualizado, o que atrasou sobremaneira o trâmite da papelada. A última informação é de que estava tudo sob análise da Procuradoria Jurídica. “Assim que mandarem pra gente, assinamos e ficamos aguardando os pacientes para serem operados”, disse hoje cedo o provedor da Santa Casa Alcides Bernardi Júnior.
O convênio vai contemplar cirurgias eletivas de três áreas médicas: cardíaca, ortopédica e vascular. Só para realização de cateterismo são mais de 60 pessoas na fila de espera; casos ortopédicos reúnem cerca de 1.000 pacientes, mas só uma pequena parte será atendida pelo convênio. Sobre o valor total do convênio, Tito não soube precisar, “pois tem emendas de todos os vereadores e mais aquele valor retido na Justiça (referente a emenda impositiva dele próprio e não executada no governo passado)”.
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