Esgoto – OBRAS AVANÇAM EM MARÍLIA E EMPERRAM EM BAURU: REALIDADES OPOSTAS

ETE Vargem Limpa já era para estar funcionando há anos, mas obra se arrasta após problemas judiciais e até de projeto e execução (FOTO: Reprodução TV Tem)

Depois de mais de 20 anos, Marília rompeu com o histórico de corrupção e abandono e concluiu as obras das estações de tratamento de esgoto (ETE) nas bacias do Pombo e do Barbosa, com 50% do custo orçado na gestão passada; agora, está licitando a 3ª e última ETE, a do Palmital, para tratar a totalidade do esgoto residencial da cidade. Promessa de campanha e “uma questão de honra”, como definiu o prefeito, Daniel Alonso entra para a história como o gestor que finalmente realizou a famigerada Obra do Século (passado). A execução das 2 primeiras ETEs, por força de licitação, coube à Replan Saneamento e Obras, empresa mariliense que, pela 1ª vez, teve a oportunidade de conduzir (e finalizar) as obras.

O prefeito Daniel e o presidente da Câmara, Marcos Rezende, na ETE Pombo: operação experimental em andamento (FOTO: Divulgação)

BAURU: OUTRA REALIDADE – Não é o que está acontecendo em Bauru, a maior cidade do centro-oeste paulista, a 100 km de Marília. Audiência Pública na Câmara, esta semana, deixou evidente que se tornou remota a intenção do prefeito Gazzetta de concluir a ETE Vargem Limpa até o fim de 2020. Prefeitura e empresas responsáveis pelo projeto e execução das obras não falam a mesma língua. A COM Engenharia, que realiza o serviço, apontou nada mais nada menos do que 380 pendências no projeto.

Projeto da ETE em Bauru teve centenas de pendências apontadas pela empresa que executa a obra: impasse (FOTO: DAE Divulgação)

DANÇA DE VALORES – As obras começaram em 2015, mas as frentes de trabalho foram reduzidas ao extremo a partir da metade do ano passado – são apenas 30 funcionários no canteiro de obras. A conclusão dos projetos deve ser definida até o final de outubro – falta decidir quem vai contratar o serviço. Segundo a Audiência Pública, 72% das obras civis estão prontos – o custo total é de R$ 86 milhões; ainda faltam os equipamentos, que vão custar R$ 55 milhões – 30% já estariam instalados. A obra já teve aditivos de R$ 15,6 milhões, que elevaram o valor original do contrato para R$ 140 milhões – e ainda restam 22 novos aditivos, que somam mais R$ 13 milhões.

HORAH – Você sabe das coisas