Investigações distintas levam a ações em Adamantina e Lençóis Paulista, onde funcionava ‘Central da Fraude’
Quadrilha que aplicava golpes contra o INSS e recebia indevidamente o auxílio emergencial das vítimas foi presa em chácara de Lençóis Paulista, região de Bauru, que funcionava como Central da Fraude. Nove pessoas foram presas por formação de quadrilha e estelionato e apresentadas à Polícia Federal (PF) em Bauru – seis delas foram flagradas pela PM operando computadores com dados de terceiros, aplicando golpes digitais.
Quatro carros de luxo, uma moto, 19 cartões bancários, 300 chips de celulares, R$ 60 mil em dinheiro e R$ 26 mil em cheques foram apreendidos, além de equipamentos usados nos golpes. Segundo a polícia, o bando estava na chácara havia 10 dias – a maioria veio das regiões de Araçatuba e Birigui, mas também havia dois integrantes de Lençóis. Não se sabe ainda o tamanho do desvio financeiro causado pela quadrilha.
ADAMANTINA – Nas cidades de Adamantina, Dracena e Tupi Paulista, na Nova Alta Paulista, a Polícia Federal de Marília e uma força tarefa previdenciária e trabalhista cumpriram mandados de busca e apreensão contra fraudes em auxílios e aposentadorias por incapacidade física junto ao INSS. A Operação Experts focou em dois peritos federais (ambos médicos) que atuavam na agência da Previdência Social de Adamantina e um intermediador do esquema, agora proibido de acessar qualquer agência ou ter contato com os investigados.
Em apenas 17 benefícios averiguados como amostra dos golpes, a PF detectou prejuízo aos cofres públicos de R$ 1,2 milhão, mas que pode chegar ao dobro, R$ 2,2 milhões, se somados os créditos que seriam pagos. A soma pode ser ainda maior, já que os criminosos teriam atuado na concessão de ao menos 1,1 mil benefícios.
Segundo a polícia, o intermediário cooptava interessados que passavam por consultas médicas particulares com um dos peritos, que fornecia atestados a pessoas saudáveis declarando-as como incapazes; o outro perito autorizava os benefícios na esfera administrativa. Há ainda casos de realização de exames periciais sem a presença do segurado na agência do INSS. As investigações continuam e todos devem responder por organização criminosa e estelionato, entre outros crimes.
HORAH – Você sabe das coisas