O desempenho de Jaú entre 41 cidades paulistas com mais de 100 mil habitantes incluídas na ‘Comparação do Nível de Desenvolvimento’ foi fraco e até abaixo da média geral. O trabalho foi realizado pelo Núcleo de Estudos das Cidades (NEC), grupo composto por professores-pesquisadores da USP/São Carlos, UFSCar e Fatec/Jaú, concluído e publicado em abril deste ano. Para a análise comparativa foram usados dados oficiais dos últimos anos.
Jaú apareceu bem na classificação geral do item Segurança, em 5.o lugar, com nota 9,2; em Longevidade, com média dos anos 2016 e 2018, figurou no 11.o lugar com 73,5 anos; e também se saiu bem na classificação geral da Saúde, com nota média 7,8 na 4.a posição. Em outros quesitos que ajudam a compor a chamada ‘qualidade de vida’ da população, a cidade teve desempenho muito aquém do esperado.
Na classificação geral da Educação, Jaú tirou nota 5,2 em 27.o lugar, atrás de cidades menores como Assis (21.o) e Ourinhos (15.o); a média dos anos 2017-18-21 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), deixou a cidade também no 27.o lugar e novamente atrás de Ourinhos, que foi a 13.a no ranking.
O desempenho piorou e ficou bem abaixo da média, por exemplo, na Taxa de Mortalidade no Trânsito (média dos anos 2019-20-21): Jaú em 30.o lugar com 6,6 pessoas mortas por 100 mil veículos, Botucatu em 17.o (5,19) e Assis em 11.o (4,44). Diante desses números era de se esperar resultado ruim também na Mobilidade Urbana: Jaú em 20.o, Botucatu em 6.o e Assis em 1.o lugar.
Mas nada comparável, ainda, ao que a população sente no bolso no dia a dia, que é a queda da média salarial. O estudo do NEC tirou a média dos anos 2018-19-20 e deixou Jaú no incômodo 35.o lugar, com média salarial de apenas 2,2 salários mínimos pagos a trabalhadores com carteira assinada, contra 2,4 de Assis (25.o) e 2,9 de Botucatu (12.o lugar). No item Receita Per Capita, média dos anos 2019-20-21, de novo Jaú amargou a 35.a posição com apenas R$ 2.852,15, contra a 26.a de Botucatu (R$ 3.347,68), a 14.a de Assis (R$ 4.026,26) e a 13.a de Ourinhos (R$ 4.305,73).
O estudo foi coordenado por Antônio Clóvis ‘Coca’ Ferraz, da USP, com participação de Fernando Hirouse, da UFSCar, José Fernandes Júnior, da USP, e Magaly Pazzian Romão, da Fatec/Jaú. A meta foi “divulgar dados atualizados para possibilitar o acompanhamento do desempenho socioeconômico (qualidade de vida) dos municípios ao longo do tempo”, contribuindo para uma competição saudável entre eles.
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