EX-ENTEADA, FILHA ADOTIVA E MULHER DENUNCIAM MÉDIUM POR ABUSOS SEXUAIS

PAULINHO DE DEUS, COMO É CONHECIDO, PRESIDIA ASSOCIAÇÃO ESPÍRITA EM CATANDUVA E AGORA ESTÁ PRESO (Foto: Reprodução TV Tem/Rio Preto)

O médium Paulo Roberto Reveroni, popularmente chamado Paulinho de Deus, teve prisão preventiva decretada após ser denunciado por abusos sexuais e ameaças pela ex-enteada e filha adotiva em Catanduva, região de Rio Preto. Paulinho foi preso pela DIG sob suspeita de estupro de vulnerável na 5ª feira (4), mas a data dos fatos não foi divulgada. Esta foi a terceira denúncia contra o médium.

A primeira delas foi de que a ex-enteada teria sido vítima de estupros por 22 anos; a segunda, da filha adotiva, por abusos na infância; a terceira, por uma mulher que frequentava o Centro Espírita Paulo de Tarso, coordenado por Paulinho. A mulher disse ter sido abusada desde os 8 anos, quando o médium disse que “precisaria me dar um passe”, relatou. Sozinhos na sala, ele começou “a pegar nos meus seios e a passar a mão; quando abri os olhos, ele estava com o pênis para fora”, disse.

A mulher falou ainda que os pais não entendiam porque ela não queria mais voltar ao centro e até achavam que “era birra de criança”, mas contou os fatos a uma amiga que, hoje, é testemunha dela na polícia. Para evitar denúncias, Paulinho ameaçava matar os pais dela. “Ele acabou com minha infância. Isso aconteceu dos 8 aos 11 anos”, declarou no B.O.

Sede da Associação Espírita mantida pelo médium em Catanduva, no bairro Solo Sagrado (Foto: Reprodução Web)

O fato de o médium ser ‘pessoa influente em Catanduva’ fez as vítimas terem medo de denuncia-lo por muitos anos. Aos poucos, porém, outras mulheres denunciaram Paulinho e o caso ganhou repercussão na cidade e nos meios policiais. “Com ele preso, não vai conseguir me matar, como disse que mataria meus pais. Nunca mais frequento um centro espírita. Espero que ele pague pelos anos que chorei e sofri”, desabafou a mulher à polícia.

Após inquérito policial e a prisão preventiva autorizada pela Justiça, o médium foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Serra Azul, SP. Advogados de defesa do espírita divulgaram nota à imprensa afirmando que as acusações são ‘infundadas e não retratam a realidade dos fatos’. E que no curso do processo ficará ‘demonstrado por provas documentais e testemunhais que referidas acusações foram realizadas com o objetivo de manchar a reputação’ do acusado.

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