EX-PRESIDENTE DO MAC, CAI-CAI É ALVO DE OPERAÇÃO DA PF POR FRAUDE E SONEGAÇÃO

Casa de Cai-Cai foi alvo de busca e apreensão dos agentes federais (FOTO: Divulgação/PF)

AGENTES CUMPRIRAM 14 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO ENTRE MARÍLIA, ARARAQUARA E OUTRAS CIDADES; veja detalhes

Investigação de fraude fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro com venda de cigarros, incluindo os contrabandeados, resultou no cumprimento de mandados solicitados pela Secretaria da Fazenda e Planejamento de SP nesta 3ª feira 31. O empresário e ex-presidente do Marília Atlético Clube (MAC), Luiz Antônio Duarte Ferreira, o popular Luizinho Cai-Cai, foi um dos alvos da operação, que contou com participação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e do Ministério Público (MP).

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão na Capital, em Marília, Araraquara, Taubaté e Bady Bassitt (região de Rio Preto), com bloqueio de bens dos investigados. Casas, carros de luxo, embarcações, aviões e até direitos creditórios do grupo foram bloqueados por ordem da Justiça. Em Marília foram visitados os imóveis de Cai-Cai, de Luiz Antônio Duarte Ferreira Filho e José Felipe Duarte Ferreira; em Araraquara, Bady Bassitt e Taubaté, a Dicina Distribuidora de Cigarros LTDA., detentora de marcas populares de cigarros e uma dívida de R$ 213 milhões, além de ser sucessora da American Virginia Comércio, Importação e Exportação de Tabacos, com mais de R$ 3 bilhões em dívidas com a União; endereços residenciais e de empresas também na Capital, inclusive de empresa do ramo imobiliário e de propaganda e consultoria.

Endereços de pessoas ligadas a Cai-Cai também estiveram no alvo da operação em Marília (FOTO: Fábio Modesto/TV Tem)
PMs do Batalhão de Marília deram apoio à operação na cidade (FOTO: Reprodução)
Fábrica de tabacos em Araraquara guardava grande quantidade de dinheiro (FOTO: Divulgação)

Tio do ministro de Desenvolvimento Regional da Presidência da República, Daniel Duarte Ferreira, Cai-Cai é o principal investigado, suspeito de ser dono oculto dos negócios em nome de laranjas. Pelo parentesco e similaridade do nome, o ministro emitiu nota ressaltando que não foi alvo da operação, “desconhece o teor das investigações” e que o pai dele, um dos fundadores da empresa investigada, deixou a sociedade há 17 anos. Na sede de uma fábrica de tabacos da Dicina em Araraquara, os federais apreenderam grande quantidade de dinheiro, mas o valor não foi divulgado.

Participaram da operação de hoje 40 auditores fiscais da Secretaria da Fazenda de SP, 14 promotores de Justiça e 9 procuradores estaduais; também atuaram 9 servidores dessas instituições e policiais dos batalhões da PM em cada região onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão. A data da operação foi escolhida a dedo, visto que hoje é o Dia Mundial sem Tabaco, criado pela Organização Mundial da Saúde para divulgar as doenças causadas pelo consumo de tabaco.

HORAH – A VERDADE DOS FATOS