Execução no estacionamento: Justiça mantém dono de construtora preso, após tentativa de extorsão

Crime foi em dezembro de 2022: morte 'por engano' em, agora, tentativa de extorsão (FOTO: Marília Notícia/Reprodução)

Dono de uma pequena construtora na cidade, o empresário C.A.R., 40 anos, vai continuar preso. A decisão foi tomada em audiência de custódia na Justiça de Marília no sábado (2). C.A.R. foi preso no final da tarde da 6.a feira (1) quando tentava extorquir Felipe Gaspar, 40, filho do pecuarista Ralf Tadeu Inforzato Gaspar, 62, acusado de ser mandante de um assassinato que resultou na morte por engano do vendedor de carros Walter Luiz Marcondelli Jr, o Wal, 40, em dezembro do ano passado.

A DIG foi avisada da extorsão de R$ 120 mil que se destinariam à companheira do assassino e réu confesso Anderson Ricardo Lopes, o Ricardinho Kong, inclusive com a promessa de que ele poderia até mudar a versão contada à Justiça que incrimina Ralf como mandante do crime. A primeira parcela ficou combinada em R$ 10 mil para ser entregue na casa de Felipe, na zona leste, às 17h da 6.a feira. Policiais foram colocados dentro da residência e o delegado Luiz Marcelo Sampaio, com outra equipe, ficou do lado de fora acompanhando a movimentação. No horário tratado o empresário C.A.R. chegou, e, ao receber o dinheiro, foi preso em flagrante.

‘Ricardinho’, ao ser conduzido por policiais da DIG para depoimento em Marília, após prisão no Paraná (FOTO: P. Civil/Reprodução)
Delegado Luiz Marcelo, da DIG Marília, que conduz as investigações do crime (FOTO: Reprodução Jornal do Povo)

O delegado espera concluir o inquérito até o começo da semana que vem, juntar os laudos periciais no local do crime no corpo da vítima, e encaminhar para o Ministério Público, mas ainda apura se o crime foi encomendado a um terceiro, que contratou Ricardinho Kong, ou se foi tratado diretamente com ele. Também é preciso esclarecer qual era a vítima verdadeira neste caso, já que o assassino admitiu ter matado Wal por engano. O vendedor foi executado com cinco tiros na manhã de 7 de dezembro do ano passado, quando chegava para trabalhar na garagem de veículos próxima do Hospital das Clínicas (HC), no bairro Fragata.

Após o crime, Ricardinho fugiu e só foi capturado em 29 de maio deste ano em Maringá, PR, onde estava escondido. No dia do crime ele chegou de moto e usando uma bolsa de entregas nas costas; assim que avistou Wal, sacou a arma e disparou, desceu da moto e continuou atirando na direção do vendedor, e, ao evadir-se, deixou o revólver cair. Imagens de câmeras de segurança das imediações permitiram à polícia obter as primeiras pistas para chegar ao autor do crime.

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