EXTINÇÃO DO IPMJ E REAJUSTE PARA SECRETÁRIOS VIRAM ‘PEDRAS NO SAPATO’

João Brandão indeferiu solicitação de Borgo (Foto: Divulgação)

Governo e Câmara já enxergam ‘desgaste muito grande’, principalmente em relação ao salário do secretariado de Jaú

O que fazer com o projeto de lei deixado pelo ex-prefeito Rafael Agostini para extinguir o Instituto de Previdência do Município de Jaú (IPMJ)? E o que dizer da polêmica proposta de reajuste dos subsídios dos secretários municipais em plena pandemia da Covid-19? Eles viraram pedras no sapato do prefeito Ivan Cassaro e da bancada governista na Câmara de Jaú. O presidente João Brandão (Patriota) sabe disso e tem feito o possível para reduzir o inevitável desgaste político.

A correção salarial dos secretários pode ser de quase 56%, passando dos atuais R$ 6,1 mil para R$ 9,5 mil, segundo apurou HORAH. “A princípio, estava descendo [da Prefeitura] pra Câmara, para colocar em votação até de urgência, mas nós nos reunimos com o prefeito e alguns secretários pra dizer que não era o momento”, comentou João Brandão. Ele enumerou as bombas políticas do veto de emendas ao orçamento, da sanção tácita da ‘lei dos vacinados’, da questão do IPMJ em breve e, junto a isso tudo, do salário do secretariado para recomendar cautela. “Pra que tanta pressa? Só se for pra dar esperança para o secretariado não abandonar o barco, porque isso só vai entrar em vigor no ano que vem, não agora”, pontuou o presidente.

A extinção do IPMJ, que tem ainda cerca de 200 beneficiários que contribuíram ao longo de décadas, também está batendo à porta. Adiado no final do ano passado, Brandão acredita que “mais duas ou três sessões, no máximo, [e o projeto] tem de descer pra Câmara”. Mas já adianta que “não tem coisa boa pela frente”, que os procuradores municipais ainda analisam a questão e “parece que não tem o que fazer” senão extinguir o Instituto. Caso isso ocorra, servidores inativos que pagaram por atendimento médico-hospitalar, por exemplo, ficarão entregues ao SUS.

O presidente afirmou ao HORAH que não tem detalhes dos estudos realizados pelo governo, mas que “não encontraram alternativa” para o que propôs Rafael, atendendo a cobranças do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público (MP). Integrantes do IPMJ também já estiveram com a Mesa Diretora da Câmara em busca de “um plano B”, mas saíram desanimados. “Acho que será muito difícil uma solução e vai ser muito desgastante pra nós todos”, finalizou.

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Artigo 3.o é um dos que mais pesam contra beneficiários (Foto: Reprodução)