Processo administrativo disciplinar foi aberto pela Corregedoria-Geral do Município para investigar denúncias de uma paciente grávida que disse ter sido humilhada por ginecologista da UBS Cascata, em Marília. O procedimento foi publicado no Diário Oficial do sábado (21).
A paciente foi à unidade em outubro e, durante a consulta, disse que o médico perguntou porque ela havia ido lá, se já tinha passado por um médico particular. Ele teria sido irônico ao questionar se ela queria “uma segunda opinião médica”, acrescentando o seguinte: “(…) o doutor pode falar que você é gordinha e eu falar que você é gordona”.
GROSSERIA – A publicação no Diário Oficial cita que a grávida respondeu que tinha o direito de receber acompanhamento médico na UBS, momento em que o ginecologista teria levantado a voz e sido grosseiro: “Você tem o direito de ir até a ponte e pular. Você vai fazer valer o seu direito também?” Após isso tudo, a mulher foi embora sem sequer ser examinada e procurou o Conselho Regional de Medicina (Cremesp), onde denunciou o médico.
MAIS QUEIXAS – Mas não foi só esse episódio. Há queixas de mais uma paciente que procurou a unidade de saúde em novembro, ocasião em que o mesmo ginecologista disse que o caso de incontinência urinária dela não tinha solução, sem pedir exame ou examina-la. Quando a paciente disse que exames feitos em São Paulo indicavam outra situação, o médico mandou que ela esquecesse a Capital. Ante os fatos – e, depois deles, mais 8 surgiram –, a Ouvidoria Geral do Município decidiu abrir o procedimento administrativo.
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