FALTA DE TRANSPARÊNCIA NOS GASTOS DA SANTA CASA DE BARIRI INTRIGA PROMOTORES

Os promotores Dr. Nelson e Dra. Gabriela, no comando das investigações (Foto: Reprodução)

MP APREENDE EQUIPAMENTOS E DOCUMENTOS, DESCOBRE 57 PLANTÕES DE UM MÉDICO EM APENAS UM MÊS E PRESTAÇÃO DE CONTAS INADEQUADA

Documentos e equipamentos eletrônicos apreendidos em operação que tem por alvo a intervenção municipal na Santa Casa de Bariri, região de Jaú, vão passar agora por avaliação e perícia. Segundo os promotores de justiça Nelson Aparecido Febraio Jr, do Patrimônio Público, e Gabriela Silva Gonçalves Salvador, da Saúde, foram cumpridos mandados de busca e apreensão no hospital e outros endereços na cidade.

Um deles foi o apartamento de um médico que teria feito “mais de 57 plantões no mês”, disse o promotor Nelson. “Nos espantam esses números, por isso a gente precisa de transparência pra saber se isso foi regular ou não”. Parte das diligências tiveram sigilo decretado nos procedimentos. “São muitos documentos e equipamentos com informações que precisam ser muito bem analisadas”, justificou o promotor.

O Ministério Público (MP) conduz dois inquéritos no caso: sobre a intervenção na Santa Casa, ocorrida em setembro/2018, para apurar “eventuais crimes contra a administração pública e a ordem tributária”; e agora o criminal, sobre gastos, contratações, pagamentos etc. Intriga o fato de o hospital movimentar cerca de R$ 900 mil por mês e “constar atualmente no portal da transparência R$ 399 mil que se referem (…) apenas ao pronto socorro, sendo que tem verbas ainda do estado, da união e de outros repasses, locação de imóveis da Santa Casa, que não aparecem”, pontuou o promotor Nelson. “São contas integralmente públicas, não dinheiro privado”, acrescentou.

Promotores Nelson e Gabriela e os delegados Durval e Marcílio, de Bariri (Foto: Reprodução coletiva de imprensa)

Desde a intervenção até agora “as contas não foram prestadas adequadamente”. A promotora Gabriela explicou que o objetivo final é esclarecer como estão sendo investidos os recursos públicos, garantir atendimento de saúde de qualidade à população e como será o futuro da instituição. Recomendações também estão sendo feitas para regularizar a prestação de contas e garantir total transparência no uso “de cada centavo de dinheiro público”, finalizaram os promotores sobre a operação desencadeada na manhã da 6ª feira (14).

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