PRECÁRIO, PRÉDIO TEM ASPECTO DE ABANDONADO E MESMO SEM REFORMA VAI RECEBENDO SERVIÇOS DE SAÚDE DE JAÚ
A transferência da Farmácia Municipal do centro de Jaú para o NGA (Núcleo de Gestão Assistencial) do SUS, na Vila Carvalho, há pouco mais de 3 meses, vem acumulando críticas. O prédio é precário, sem estrutura e com aspecto de abandonado. Como não há espaço interno suficiente para os pacientes, eles aguardarem atendimento do lado de fora, debaixo de Sol e chuva. Apesar disso, a mudança foi divulgada pela secretária da Saúde Ana Paula Rodrigues como “positiva, principalmente pelo melhor acolhimento e comodidade dos pacientes”.
“Tem só um pequeno toldo, então as pessoas ficam expostas ao Sol por horas, porque o atendimento também é muito demorado”, explicou o vice-prefeito Tuco Bauab. Cansado de pedir solução aos vereadores, à secretária e ao prefeito Ivan Cassaro, ele resolveu denunciar publicamente. “Sou a favor de economizar com o aluguel, mas não tem lógica deixar a estrutura que tinha antes e o povo ficar sofrendo aqui”, comentou.
O aluguel do prédio anterior era de R$ 7,5 mil/mês, mas era moderno e bem mais confortável tanto para funcionários quanto usuários. O chegou também à Câmara. Requerimento do vereador Borgo pergunta ao prefeito se há possibilidade de adequar melhor o espaço do NGA, como será feito para acomodar as pessoas na temporada de chuva e sugere transferir a farmácia para onde está a Central da Covid, ao lado do Museu.
Agora a preocupação aumenta ainda mais com a possível mudança de toda a Secretaria da Saúde para o NGA, que é estadual e deveria se destinar ao atendimento médico de especialidades para Jaú e 11 cidades vizinhas. “Tínhamos quase 50 médicos de praticamente todas as especialidades; as farmácias geral, de alto custo e liminar atendiam a população da cidade e da região; não deixava faltar médico nem medicamento. Hoje a Prefeitura guarda dinheiro e não contrata médicos nem cuida do prédio. Precisa pôr a mão na consciência e começar a resolver esses problemas em Jaú”, desabafou Antônio Aparecido Serra, que dirigiu o NGA em 2009 e 2010 e acompanha a polêmica de perto.
Hoje restam poucos médicos no NGA, que ainda responde por diversos serviços, como ambulatórios de HIV/Hepatites, fisioterapia uroginecológica, serviço social para ostomizados etc. Funcionários ouvidos por HORAH afirmaram que levar a Saúde para lá é um risco. “A população está completamente desassistida com a falta de estrutura e condições de trabalho atuais; jogar a Saúde no NGA será o tiro de misericórdia para acabar com o que ainda resta”, disseram.
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