Funcionários decidem aguardar até fim do mês por definição da Sasazaki

Sasazaki é referência nacional em portas e janelas de aço e alumínio, mas enfrenta crise econômica desde 2019 (FOTO: Reprodução vídeo)

Em regime de banco de horas, os funcionários da indústria de esquadrias metálicas Sasazaki de Marília decidiram aguardar por um definição salarial da empresa até o final deste mês. Eles ficarão em casa nesse período, conforme sugerido pelo presidente Leonardo Sasazaki, que tenta negociação com grupos econômicos para saldar o salário e vale atrasados dos empregados.

A decisão de cerca de 300 funcionários que ainda restam na Sasazaki foi tomada em assembleia da categoria na sede de campo do Sindicato dos Metalúrgicos. Para o presidente Irton Siqueira Torres, “a maioria decidiu aguardar e fazer mais este sacrifício pela empresa”, mas ele já colocou os advogados do Departamento Jurídico do sindicato à disposição de quem decidir ingressar judicialmente contra a Sasazaki.

Presidente da empresa, Leonardo Sasazaki (FOTO: Reprodução)

Trabalhadores de muitos anos e até décadas estão nessa situação e acumulando “até 300, 400 horas” no banco de horas ao longo dos anos. É que a crise econômica da Sasazaki se arrasta desde 2019, quando a empresa referência nacional em esquadrias metálicas tinha algo em torno de 600 empregados. De lá para cá, centenas deles foram demitidos e uma parte decidiu sair.

Irton Torres acredita que até o fim do mês a empresa tem tempo para concluir eventuais negociações para saldar os salários. Fala-se em dois grupos interessados em investir na empresa, mas a diretoria também trabalha com a possibilidade de conseguir empréstimos na rede bancária. A Sasazaki foi fundada em 1943 e está completando 80 anos em atividade.

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