Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão contra advogados na região

Promotores do Gaeco lideraram ação policial em Itirapina (FOTO: MP/Reprodução)

Desdobramento da Operação Predador, ação do Gaeco cumpriu cinco mandados de busca e apreensão contra advogados em Itirapina, a 87 quilômetros de Jaú. Todos são acusados da prática de ‘advocacia predatória’ com uso de informações sigilosas de grandes instituições, principalmente financeiras. Repassadas para ‘escritórios parceiros’ por todo o País, esses dados serviam de base para assediar clientes com promessa de recebimento de quantias financeiras provenientes de ações judiciais, causando grandes prejuízos. Para ter ideia, só contra o Banco do Brasil esses criminosos teriam ajuizado mais de 20 mil ações.

A ação realizada na 3.a feira 6 em Itirapina, onde fica a banca desses advogados, resultou na apreensão de equipamentos eletrônicos, documentos e dinheiro (a quantia não foi informada). A operação foi liderada por oito promotores de Justiça do Gaeco, com apoio da Comissão de Prerrogativas da OAB de Rio Claro e do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) de Piracicaba. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados porque as investigações continuam sendo desenvolvidas.

Anteriormente, o Gaeco, braço do Ministério Público (MP) que age no combate ao crime organizado, já havia denunciado o grupo por associação criminosa e vários crimes de receptação. A Justiça acolheu a denúncia e mandou suspender liminarmente as atividades profissionais de três advogados, fixando fianças que superaram 1.500 salários mínimos — ou seja, mais de R$ 1,8 milhão. Também estão bloqueados R$ 97 milhões do grupo, que é a estimativa do lucro obtido com a atuação da ‘advocacia predatória’, para pagamento de futuras indenizações às vítimas.

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