Candidato a prefeito do Novo ainda denuncia os deputados federal Capitão Augusto e estadual Dani Alonso e o prefeito Daniel Alonso, pedindo a cassação do diploma de cada um deles
Candidato a prefeito do partido Novo em Marília, o empreendedor Garcia da Hadassa ingressou na Justiça Eleitoral com Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) por abuso de poder político e econômico e captação ilícita de votos contra o candidato Ricardinho Mustafá, do PL, apoiado pelo prefeito Daniel Alonso. O motivo foi a realização do evento Marília Rodeo Music entre 29 e 31/8, com shows de cantores famosos com portões abertos, tudo pago com recursos públicos.
Garcia alega que houve uma orquestração com finalidade eleitoral: primeiro, a aprovação da lei municipal autorizando a volta dos rodeios na cidade; depois, o anúncio do Marília Rodeo Music com a Festa do Peão, durante a campanha eleitoral; por fim, investimentos públicos para preparar a área de 450 mil m2 no distrito de Lácio, onde foi construído o recinto para a festa, e uso de R$ 1 milhão obtidos por meio dos deputados Capitão Augusto e Dani Alonso, ambos do PL, que são genro e filha do prefeito Daniel.
A AIJE junta vídeos e entrevistas dos deputados enaltecendo o evento e dizendo que são Patronos dos Rodeios e, por fim, pedindo voto para Ricardinho; este, por sua vez, diz que se for eleito prefeito dará continuidade à Festa do Peão em Marília. “Tudo feito para dar visibilidade ao candidato Ricardinho, de maneira subliminar angariando, induzindo a votação”, conclui Garcia na ação proposta.
Também é citado o artigo 73 da Lei Eleitoral, onde está claro que é proibido aos agentes públicos ceder ou usar em benefício de candidato, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração pública, que foi justamente o que aconteceu com o recinto em Lácio; a lei diz que também é proibido fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, distribuir gratuitamente qualquer benefício (no caso, a entrada franca no rodeio) e serviços custeados ou subvencionados pelo poder público.
PEDIDOS – A AIJE pede a cassação do registro da candidatura de Ricardinho pela prática de abuso do poder econômico e político, com a consequente anulação dos votos por ele recebidos em 6 de outubro; multa de 50 mil UFIRs, que é equivalente a R$ 230 mil; e condenação dos demais representados com a inelegibilidade por 8 anos e cassação do diploma dos deputados Capitão Augusto e Dani Alonso e do prefeito Daniel.
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