
Quatro vereadores governistas podem ser escolhidos e nomeados pelo presidente da Câmara de Jaú para compor a CEI-Comissão Especial de Inquérito que será aberta na próxima 2.a feira 7, para investigar as contrapartidas da Unoeste à Secretaria da Saúde. Entre eles, podem estar um desafeto do autor da CEI e um opositor declarado à investigação, que fez discurso acalorado na tribuna da Câmara nesse sentido na última sessão legislativa. Seria essa uma estratégia para ‘travar’ a CEI?

Seguindo o estabelecido pelo Regimento Interno, o presidente Jefferson Vieira (PL) tem várias opções. Nessa 4.a feira 2, ele se reuniu longamente com vários vereadores da base política da administração na Câmara para discutir o assunto. Teriam participado, entre outros, Jé Roda, Lampião, Rafaela Hernandez, Fernando Toledo, Dr. Rodrigo Campanhã e Magesto, segundo apurou HORAH, extraoficialmente. Sobre a mesa da presidência, o quebra-cabeça para escolher os membros da CEI, que deverão ser anunciados junto com a criação da investigação.
Os nomes mais prováveis são de Dr. Rodrigo Campanhã (PSD), desafeto declarado do autor da proposta, vereador Dr. Paulo de Tarso (Podemos); Rafaela Hernandez (PL), que votou pela abertura da CEI, mas é da base aliada; Sensei Hercício (Avante), com ligações umbilicais com o governo municipal; e João Pacheco (Novo), que discursou contra a proposta da investigação. Os nomes por enquanto não passam apenas de cogitações, mas seriam os mais cotados no momento e teriam aprovação do prefeito Ivan Cassaro (PSD), que teme ver as revelações da CEI respingarem por toda a administração.
Entre as contrapartidas milionárias já feitas à Saúde pela Unoeste, que deverão ser investigadas, estão 240 aparelhos de ar-condicionado que o atual secretário da Saúde, Dr. Segura (MDB), não soube responder onde estão guardados, quantos foram instalados, onde se encontram as notas fiscais e se, de fato, parte deles foi desviada para uso pessoal na gestão da ex-secretária Ana Paula Rodrigues, exonerada ano passado após o escândalo das denúncias de irregularidades e suspeitas de corrupção na pasta.
Uma vez instalada na 2.a feira, a CEI terá 15 dias para iniciar os trabalhos sob a presidência do autor, Dr. Paulo, que se incumbirá de indicar entre os membros apontados pela presidência da Câmara, quem será o relator das investigações. As apurações deverão ser feitas em 120 dias. A CEI tem poderes para convocar secretários municipais e outros agentes públicos, exigir verificação de documentos contábeis e fiscais referentes às contrapartidas e pode, ao final dos trabalhos, denunciar eventuais culpados ao Ministério Público, para responderem por ações cíveis ou criminais.
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