‘GRANDE MARÍLIA’ QUER RESCINDIR CONTRATO; PREFEITURA ANALISA PEDIDO

EMPRESA É UMA DAS DUAS QUE FAZEM O TRANSPORTE COLETIVO NA CIDADE; EM 2019, APRESENTOU NOVOS ÔNIBUS E, EM 2020, PEDIU REAJUSTE DE TARIFA (FOTO: Divulgação)

A Prefeitura de Marília confirmou pedido da empresa de ônibus Grande Marília para rescindir o contrato de concessão de parte do transporte coletivo na cidade e encerrar atividades no dia 31 de março. Em nota, informou que o documento foi protocolado na tarde desta 5.a feira (25) e encaminhado “para análise técnica e jurídica”. Só depois disso é que a Prefeitura pretende se pronunciar.

O pedido da Grande Marília surgiu dois dias depois de paralisação dos motoristas da empresa por atraso nos salários, deixando parte da população sem transporte nas linhas que atendem bairros nas zonas Norte e Leste da cidade. Na ocasião, em nota ao HORAH, a assessoria de imprensa da empresa justificou o atraso por ausência de fluxo de caixa e cobrou ajuda emergencial do Município para continuar trabalhando.

Sem receber salário integral, motoristas da Grande Marília paralisaram serviço e sindicato marcou greve a partir de 2.a feira, 1.o de março (FOTO: Reprodução)

Também na 3.a feira (23), o presidente da Câmara Marcos Rezende disse que o atraso salarial era manobra para levar à paralisação e pressionar a Prefeitura a conceder reajuste de tarifa dos ônibus. Tanto a Grande Marília quanto a Sorriso, que serve as linhas das zonas Sul e Oeste, protocolaram pedido de aumento da passagem em dezembro/20, dos atuais R$ 3,80 para R$ 6,24 (64% a mais), o que Rezende classificou como “um crime contra a população” e elogiou o prefeito Daniel Alonso que, mais uma vez, se negou a atender a reivindicação.

O ofício da Grande Marília protocolado na Prefeitura alega desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e cita, especificamente, que a previsão inicial era de transportar 615,6 mil passageiros/mês, mas que em 2020 a média mensal ficou em torno de 147 mil usuários. A empresa diz ainda que desde o início de suas operações em Marília, em maio de 2013, obteve quatro reajustes de tarifas. Enquanto a situação não se resolve nem chega o fim das operações da empresa, o sindicato dos motoristas prevê greve da categoria a partir da zero hora da próxima 2.a feira, 1.o de março.

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