‘AMARAL CARVALHO’ TERÁ CENTRO DE COMBATE À COVID

Unidade "Ana Maria Ferraz" abrigará pacientes com Covid (FOTO: Acervo)
  • OBJETIVO É DESAFOGAR SANTA CASA, ONDE CAPACIDADE DE INTERNAÇÃO ESTÁ EM COLAPSO

Criar um Centro de Combate à Covid-19. Esse é o mais novo desafio do Hospital Amaral Carvalho (HAC) de Jaú para o enfrentamento da pandemia. Para isso, espera contar com a ajuda e doações da população, empresas, verbas governamentais e também recursos próprios. O novo espaço será instalado na Unidade “Ana Maria Ferraz”, antigo prédio da empresa Jaú Diesel, às margens da rodovia Jaú-Bauru, recentemente doada à Instituição pela professora bauruense Márcia Faria de Castro.

Com cerca de 23 mil m2, o Centro terá 39 leitos, sendo 35 de enfermaria e quatro de tratamento semi-intensivo, preenchidos unicamente pela Central de Regulação de Vagas (CROSS). Por isso, não terá pronto-atendimento direto à população. Além dos quartos de enfermaria, haverá estrutura para suporte laboratorial, treinamento de equipes multiprofissionais, refeitório e área de descanso para as equipes de atendimento, entre outras edificações. Em nota, o HAC informou que será uma unidade provisória, mas com o compromisso de desafogar os hospitais que fazem o primeiro atendimento aos pacientes, em especial a Santa Casa de Jaú.

Um dos motivos que levou a direção do HAC a criar o Centro de Combate à Covid foi que, recentemente, o hospital foi consultado pela Prefeitura sobre a possibilidade de ceder 10 leitos de enfermaria para pacientes da cidade. Com a capacidade de atendimento atual no limite, o Amaral Carvalho resolveu ajudar mais do que os 10 leitos pedidos e informou à Administração Municipal a intenção de criar o centro. “O Amaral Carvalho sempre foi fiel à sua história (…) e ideais, de sempre estar ajudando e resolvendo com a comunidade os problemas que afligem a sociedade”, disse o diretor-superintendente Antonio Cesarino de Moraes Navarro.  

Mesmo não sendo hospital de referência para Covid, desde março do ano passado o Amaral já tratou mais de 300 pacientes com a doença, “a maioria de Jaú, mas também de outras regiões do estado e do país”. Foram criados 37 leitos só para COVID, sendo 29 de enfermaria e nove de UTI. Do quadro atual de funcionários, 121 foram destacados para atuar exclusivamente na pandemia.

Por ser hospital oncológico, com pacientes imunodeprimidos por causa de tratamentos intensos com cirurgia, transplante, quimioterapia ou radioterapia, a tarefa foi ainda mais difícil. As áreas para o tratamento da COVID tiveram de ser isoladas e até a UTI redesenhada para atender a forma mais grave da doença. “É quase uma operação de guerra (…) para não colocarmos em risco os nossos pacientes oncológicos”, resumiu o gerente médico do HAC, infectologista João Gabriel Soares.

HORAH – Você sabe das coisas