
Serviço é uma parceria com a equipe BenHurMD, um dos principais centros de transplantes hepáticos da América Latina
Hospital Amaral Carvalho de Jaú, especializado no tratamento oncológico, inaugurou agora Serviço de Transplante Hepático em parceria com a equipe BenHurMD, considerado um dos principais centros de transplantes de fígado da América Latina. Cerimônia de lançamento do novo serviço foi na 6.a feira 30, no auditório do hospital, com presença de especialistas, convidados e imprensa.
O Amaral já é referência no transplante de medula óssea no Brasil e justamente por isso tem estrutura necessária e equipe habituada a procedimentos de alta complexidade. Atualmente, o transplante de fígado no Brasil é um serviço essencial de saúde, com cerca de 95% dos procedimentos feitos pelo SUS. Ano passado, por exemplo, foram 2.449 transplantes, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Porém, se aumenta o número de oferta de serviços de transplante, a lista de espera também é grande. “Estima-se que precisaríamos realizar o dobro do que fazemos no Brasil por ano para dar conta da necessidade”, comentou o médico Ben-Hur Ferraz Neto, que agora faz parte da equipe do Amaral nesse novo projeto. “Temos tecnologia e equipe, o que faltava era a parceria com o instituto que nos auxiliasse com os critérios para desenvolver esse serviço com qualidade e segurança”, pontuou Cristina Moro, diretora de Desenvolvimento em Saúde do Amaral.
O novo serviço exige protocolos específicos com fluxos e rotinas rigorosas para avaliação do doador e do receptor, para assegurar condições ideais para a cirurgia e garantir um pós-operatório intensivo e monitorado para prevenir rejeição e infecção, destacou a enfermeira responsável pelo projeto, Marília Souza Leite de Mattos. “Esse transplante de fígado acontece de forma emergencial, sem dia nem hora marcada. A partir do momento em que o órgão é disponibilizado, tudo precisa acontecer para a captação até a chegada do paciente ao hospital”, explicou, o que exige prontidão, organização e integração das equipes.
Os pacientes são ranqueados levando em conta a escala MELD, que mede o risco de perder a vida em pouco tempo. Quanto maior o risco, mais acima o paciente se encontra, numa pontuação que varia de 6 a 40 e se baseia no resultado de exames laboratoriais específicos. Inaugurado ontem, o novo serviço do Amaral já iniciou a avaliação de três pacientes, sendo que um deles é um possível candidato ao transplante.
“Com humanização, olhar acolhedor e foco em resultados, iniciamos esse novo projeto avaliando que tínhamos capacidade técnica e infraestrutura para isso, e com o objetivo de reduzir a demanda por esse tipo de transplante”, comentou o superintendente do hospital, Antônio Navarro.


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