‘Humilhada’ – VEREADORA SE JUSTIFICA, MAS CÂMARA ABRE PROCESSO DE CASSAÇÃO DE MANDATO

Vereadora Professora Daniela negou "tráfico de influência", mas não escapou de CP (FOTO: Câmara de Marília)

Prof.a Daniela, de Marília, é acusada de quebra de decoro em episódio envolvendo o comando da PM

Por unanimidade de 11 votos a Câmara de Marília decidiu abrir Comissão Processante para cassação do mandato da vereadora Prof.a Daniela Alves (PL), na sessão desta 2ª feira (31). Ela é acusada de ‘carteirada’ e quebra de decoro parlamentar ao telefonar para a comandante do 9º Batalhão da PM, Tenente-Coronel Cristal, na tentativa de impedir a apreensão do carro dirigido pela filha na madrugada do domingo 16, flagrado com licenciamento vencido e pneus carecas. Sargento Alan, responsável pelo procedimento, acabou punido com transferência do Trânsito.

“Estou sendo apedrejada e humilhada”, retrucou Prof.a Daniela ao discursar na sessão e afirmar que não cometeu “nenhum tipo de ilegalidade”. A vereadora se desculpou, questionou se os vereadores nunca pediram ‘favores’ a diretores de hospitais ou secretários e garantiu: “Liguei como mãe”. Sobre o licenciamento atrasado do veículo, disse que não conseguiu pagar em dia e perguntou se era a única da Casa nessa situação. Apesar dos apelos, a CP foi aprovada e a Câmara sorteou seus três integrantes: João do Bar (PP), Mário Coraíni Jr (PTB) e José Carlos Albuquerque (PSDB).

Também por sorteio, entre eles será escolhido o presidente que conduzirá os trabalhos da CP, com objetivo de ouvir todos os envolvidos e testemunhas. A comissão também poderá requisitar documentos e solicitar perícia nos mesmos e até nos áudios dos telefonemas desse episódio que vazaram nas redes sociais. O prazo de apuração é previsto em 90 dias, que poderá ser prorrogado por igual período – se isso ocorrer, excederá o próprio mandato.

HORAH – Você bem informado