
Desaparecida desde a manhã da última 5.a feira 21, dona Maria das Dores Silva Mello, 62 anos, foi finalmente localizada em Ourinhos, na tarde deste sábado 23. Ela sumiu após tirar sangue no Hemocentro de Marília e deixar o local para ir a uma agência pagar um pacote de viagens para Aparecida do Norte, SP — seriam dois ônibus de excursão que ela costuma organizar com moradores de Campos Novos Paulista, a 60 quilômetros de Marília, onde reside. Na bolsa, segundo familiares, a idosa levava algo em torno de R$ 9 mil.
“Fisicamente ela está bem, mas o psicológico está muito abalado, ela chora bastante, não quer falar, parece assustada e com medo”, disse a sobrinha de dona Maria das Dores, a telefonista Vanusa Silva de Souza Campos, 31 anos, que é de Marília. “Ela alega que foi abordada perto do Hemocentro e colocada em um carro; eles queriam dinheiro, cartão, essas coisas. Depois ela foi deixada em um lugar sujo em Ourinhos, perto de uma praça, que ela não sabe dizer exatamente onde fica”.
Vanusa contou que um primo dela que trabalha em uma rede de supermercados em Ourinhos foi lá procurado por dona Maria neste sábado; como estava de folga, os funcionários fizeram contato com o rapaz, que avisou a família em Marília, que imediatamente foi busca-la. Questionada sobre o dinheiro das viagens, a sobrinha disse que “até agora não apareceu”, mas que a tia falou que as pessoas que a abordaram não conseguiram levar nada, “porque não estava em mãos, com ela”.
Essa história ainda confusa e desencontrada já foi levada ao conhecimento da polícia de Marília e, na 2.a feira 25, dona Maria vai falar com os agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que assumirá a apuração dos fatos. Um homem que a idosa conheceu pela internet em Santa Cruz do Rio Pardo, que chegou a ser questionado sobre o paradeiro de dona Maria e deu respostas igualmente desencontradas, porém negando te-la visto nesses últimos dias, também intriga os familiares.
Aos 62 anos, dona Maria das Dores é viúva, tem um casal de filhos, três netos e a filha está grávida. Por medida de precaução, os familiares decidiram que ela ficará em Marília por esses dias, na casa de uma irmã, até que o depoimento à DIG seja realizado e o caso possa ser devidamente esclarecido. “Estamos ansiosos por isso, também”, comentou a sobrinha Vanusa.
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