Já revista e revertida pelo Tribunal de Justiça (TJ), a soltura do caminhoneiro preso pela Polícia Rodoviária com mais de 832kg de cocaína na rodovia Raposo Tavares em Ipaussu, região de Marília, foi classificada pelo secretário da Segurança Pública como “inadmissível”. Guilherme Derrite falou que as apreensões de drogas que estão atingindo a economia do crime organizado só terão efeito efetivo “se todas as esferas estiveram em consonância com esse objetivo”.
Ou seja, de nada adianta a polícia agir e a Justiça soltar. As declarações do secretário Derrite foram dadas à coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, assim que ele soube que a juíza Alessandra Spanding havia mandado libertar o motorista do caminhão flagrado com a carga de cocaína. “A soltura em audiência de custódia de alguém que levava quase 900 quilos de cocaína é inadmissível, pois dá um claro recado de impunidade”, falou o secretário.
Pior de tudo é que o motorista confessou à polícia que havia recebido R$ 15 mil para levar os tijolos prensados de cocaína de Londrina-PR para Diadema, na Grande SP, carga avaliada em R$ 50 milhões. Após recurso imediato do Ministério Público (MP), o TJ reviu a decisão da juíza de Ipaussu e decretou a prisão preventiva do caminhoneiro, que foi cumprida na 6.a feira 18 à noite pela Polícia Militar, como HORAH já noticiou.
“É inadmissível que um criminoso que transporta essa quantidade de drogas continue em liberdade”, arrematou o secretário Derrite, indignado com a soltura do homem. A droga estava escondida no meio de uma carga de polenta e mistura pronta para bolos e tortas que estava no baú do caminhão vistoriado pela Polícia Rodoviária na última 4.a feira 16.
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