Um infarto fulminante teria sido a causa da morte do músico Luiz Henrique Spilari, nesta 6.a feira 14, em Jaú. O atestado de óbito ainda não havia sido liberado para o serviço funerário às 18h10, mas todos os contatos feitos pela reportagem indicavam que Spilari foi vítima de uma parada cardíaca. O velório teve início por volta das 16h no Serviço de Luto Paulista e o sepultamento está previsto para 15h deste sábado 15, no cemitério municipal de Jaú.
Formado em Direito, a paixão de Spilari sempre foi a música. Ele fez parte da primeira formação da banda de rock jauense Os Patrões, que acumulou mais mil apresentações em várias cidades e estados, se tornando ícone de uma geração com a música independente e com forte influência do rock tradicional. “A banda começou em 1997 e a última apresentação foi em setembro de 2015. De lá pra cá não tocamos mais juntos, mas sempre tivemos uma amizade muito forte”, comentou Rafael Gianini, vocalista e guitarrista da banda, que falou com HORAH. “Estou surpreso e profundamente triste”, disse.
Spilari teria ido a uma pizzaria na noite da 5.a feira 13, onde tomou refrigerante e parecia absolutamente normal. A parada cardíaca deve ter ocorrido na madrugada, em casa, e constatada durante o dia, depois que as pessoas tentaram falar no celular dele e não conseguiram. Spilari tinha 51 anos, era filho de Dimas Spilari Buro e Neide Spoldari Spilari. Todos os amigos com o quais a reportagem falou para apurar o óbito do músico foram unânimes: “Era uma grande pessoa, gente muito boa”.

RELATO PESSOAL – “Me lembro muito do Spilari na Venda Seca. Hoje mesmo falei disso com o Rafael Gianini. Uma vez por semana, o Spilari, o Rafael e outros amigos se encontravam na Venda para comer frango frito com alho e bater papo. Fecho os olhos e me recordo das gargalhadas deles, que costumavam ficar ao lado da cancha de bocha, nos fundos da Venda. No rádio, invariavelmente sintonizado na Piratininga, tocava música caipira. Nos despedíamos no balcão, onde eles acertavam a conta e falávamos de tudo que não fosse trabalho, que era para relaxar mesmo. Nessa época o seu Toninho Pedroso ainda era vivo. Por trás do bigode, o dono da ‘vendinha’ não escondia o largo sorriso de ver ali os meninos do rock jauense, o radialista que contava as notícias diariamente e, vez por outra, violeiros que marcavam ponto por lá. Bons tempos” – Hailton Medeiros.
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