O deputado estadual em final de mandato Abelardo Camarinha, o filho, deputado estadual eleito Vinícius Camarinha, ambos do PSB, e o assessor parlamentar do primeiro deles, Carlos Umberto Garrossino, foram reclamar da Polícia Federal (PF) no Supremo Tribunal Federal (STF). Queriam conhecer as provas contra eles nas investigações da Operação Miragem, onde são acusados, entre outros crimes, de ocultação de patrimônio, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsificação de documentos. Porém, a queixa não prosperou.
Decisão de 17/8, só tornada pública agora, negou acolhimento às queixas apresentadas pelos três. O relator foi o ministro Luiz Fux. Ele alegou que Camarinha, Vinícius e Garrossino “não trouxeram nenhum argumento capaz de infirmar (enfraquecer) a decisão” da qual reclamaram, e que “repisam argumentos” já discutidos e rechaçados anteriormente. Dessa forma, a Operação Miragem continuará, sem conhecimento prévio dos investigados – por sinal, são fortes os comentários de que haverá novas fases da investigação em breve.
PESADO – A Operação Miragem foi deflagrada em 2016 para estrangular esquema criminoso montado sobre o grupo de comunicação CMN, em Marília. Resultado das investigações, foram lacradas as rádios Dirceu AM e Diário FM, que operavam na clandestinidade e com base em documentos falsos, e, em 2017, o jornal Diário.
Camarinha e Vinícius são apontados no processo como verdadeiros donos da CMN, que era administrada por “laranjas” dos dois – até delação premiada reforça essa acusação, feita pela então sócia-proprietária Sandra Mara Norbiato. Várias pessoas foram presas pela Miragem, que também levou a PF a cumprir mandados de busca e apreensão no gabinete do então prefeito Vinícius, no apartamento dele e nos endereços de Camarinha, tornando-se o maior escândalo policial da história de Marília.
(FOTO: HoraH – Vinícius e o pai, Camarinha, continuarão sendo investigados pela PF na Operação Miragem, sem tomarem conhecimento de provas e acusações, como pretendiam)
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