Cinco envolvidos em corrupção ativa e passiva, fraude a licitações, organização criminosa, coação de testemunhas e roubo na Prefeitura de Bariri, região de Jaú, durante a gestão do prefeito cassado Abelardinho Simões (MDB), foram condenados pela Justiça à prisão e pagamento de indenizações material e moral à sociedade no valor de R$ 5,1 milhões. As penas aplicadas pelo juiz Maurício Chiado na sentença de 52 páginas publicada na 6.a feira 29, variam de 10 a 22 anos de reclusão em regime inicial fechado.
O foco da ação dos réus estava na licitação da limpeza pública e coleta do lixo em Bariri, episódio que envolveu a empresa Latina Ambiental, pagamento de propina a políticos e agentes públicos e até agressão e roubo a um empresário da cidade que denunciava a então suposta organização criminosa. Os fatos deram origem à operação do Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado em 8 de agosto de 2023, quando foi preso o dono da Latina em Limeira-SP, Paulo Ricardo Barboza; em 15/11, com base nas informações do relatório do Gaeco, o prefeito Abelardinho teve o mandato cassado pela Câmara de Bariri.
CONDENADOS – A sentença de 1.a instância inclui as seguintes condenações aos réus do chamado Caso Latina: Paulo Ricardo Barboza, dono da Latina, a 22 anos e 20 dias de prisão; Abílio Giacon Neto, dono da Mazzo & Giacon Coleta de Lixo, a 20 anos e 20 dias (ele chegou a ser preso em setembro/23, mas pagou fiança de R$ 100 mil e conseguiu liberdade provisória, estando hoje em regime domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica); Giuliano Griso, advogado e ex-candidato a prefeito de Jaú, que foi diretor de Obras e Meio Ambiente em Bariri, a 18 anos e 20 dias de prisão; Alexandre Gonçalves, capitão da PM e executor de atentado a empresário que denunciava o grupo, condenado a 15 anos e 18 dias de reclusão (ele está preso desde 2023); Flávio Muniz Dalla Coletta, ex-chefe de gabinete da prefeitura de Bariri, a 10 anos e 2 dias.
Exceção feita aos réus que seguem presos, os demais poderão recorrer dessa primeira sentença em liberdade. Todos os fatos foram relatados pelo Gaeco por meio de relatório elaborado pelos promotores Nelson Febraio Jr, Gabriela Salvador e Ana Maria Romano. O Gaeco também afirma que outros envolvidos estão ainda sob investigação, o que poderá levar a novos denunciados à Justiça, em breve.
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