Os servidores do DAEM também vão receber o vale-alimentação, popular tíquete, em pecúnia. A determinação foi do juiz da Vara da Fazenda Pública de Marília, Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, em ação movida pelo Sindimmar, o sindicato dos trabalhadores. Dessa maneira, tanto servidores da autarquia da água e esgoto quanto da prefeitura receberão os valores em conta e não mais por meio do vale-alimentação. No caso do DAEM, o pagamento deve ser efetuado já a partir de abril e nos meses seguintes, até resolver pendências da empresa ÉoVale com a rede supermercadista local.
O problema é que o cartão deixou de ser recebido pelas principais redes de supermercados — o desentendimento comercial estaria ocorrendo por divergências entre a oferta dos produtos e o recebimento dos valores pelos estabelecimentos. A ÉoVale foi contratada pela prefeitura para fornecer o cartão para os servidores, mas de uns tempos para cá ele deixou de ser aceito. Muitos trabalhadores só ficaram sabendo disso depois das compras, na hora de passar no caixa, sendo exposto ao vexame.
A prefeitura notificou a ÉoVale, que enviou nota de esclarecimento afirmando que está negociando com as redes supermercadistas e espera resolver o problema em breve. Na decisão o juiz escreveu que “a empresa (…) vem sendo alvo de sucessivos descredenciamentos no comércio local e tem descumprido a obrigação contratual de manter ao menos quatro grandes redes de supermercados credenciadas”. Os grandes varejistas, onde os preços costumam ser mais em conta, também não aceitam mais o cartão, “comprometendo o suprimento de gêneros alimentícios” às famílias dos servidores, acrescenta.
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