A defesa dos irmãos Reginaldo, 36 anos, e Reinaldo Trindade dos Santos, 34, bem que tentou, mas não conseguiu que eles respondessem em liberdade pelo assassinato de Gabriel Henrique Scarrella de Souza, 18. O jovem foi morto por espancamento na última 2.a feira 24, dentro da própria residência, em Garça, invadida pelos irmãos que ainda ameaçaram a mãe de Gabriel e um irmão dele, de 14 anos, que presenciaram o crime.
A audiência de custódia de Reginaldo e Reinaldo foi no dia seguinte ao crime, quando a prisão em flagrante deles foi convertida em preventiva. A defesa apelou por prisão domiciliar alegando que eles não tinham antecedentes criminais e possuíam endereço fixo em Garça, mas a Justiça ressaltou a brutalidade do crime e o risco que os irmãos oferecem à sociedade.
Reginaldo e Reinaldo mataram Gabriel a socos, chutes e pauladas e foram presos após o crime em um bar na mesma rua onde o crime foi cometido, ocasião em que Reginaldo confessou o assassinato; Reinaldo, por sua vez, teria vigiado o local para impedir que alguém interferisse no espancamento praticado pelo irmão.
Segundo o B.O. registrado pela polícia, os irmãos alegaram que Gabriel namorou a filha adolescente de um deles, que o relacionamento foi desfeito recentemente e que após isso o rapaz teria postado fotos íntimas dela nas redes sociais. Essa teria sido a motivação para o crime cometido nesta semana, na Vila Cavalcante, periferia de Garça, surpreendendo o rapaz no próprio quarto, em casa.
Na decisão para converter o flagrante em prisão preventiva dos dois irmãos, a Justiça afirmou que a medida era “essencial para a instrução criminal, pois a libertação dos indiciados, ao menos neste momento, poderia prejudicar a adequada colheita de provas”; também apontou para influência que a libertação dos dois poderia ter sobre “eventuais testemunhas do crime”.
Nove aparelhos de telefone celular foram apreendidos pela polícia, incluindo dos acusados do crime, da vítima, da ex-namorada e pessoas próximas. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo de dados para averiguar o conteúdo de mensagens, ligações, imagens e postagens feitas em cada um deles em relação aos fatos que levaram ao brutal assassinato.
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