Rodrigo Pereira Alves, 37 anos, vulgo Rodriguinho, não será levado a júri popular – o julgamento será feito pela justiça comum. Ele está preso por matar a universitária Mariana Bazza, 19 anos, em Bariri, região de Jaú. Laudo do IML apontou que ela foi estuprada antes de ser estrangulada por Rodriguinho, que indicou à polícia onde abandonou o corpo, em meio a canavial de Ibitinga.
A decisão sobre a forma do julgamento se deu porque a denúncia do Ministério Público (MP), acolhida pela Justiça, aponta como crime principal latrocínio – roubo seguido de morte. E latrocínio não se enquadra nos chamados crimes dolosos levados ao Tribunal do Júri. Segundo o MP, Rodriguinho roubou o carro da estudante, a certeira, celular e R$ 110 em dinheiro.
O crime de latrocínio prevê pena que pode variar de 20 a 30 anos de prisão, mas a situação do acusado ainda será agravada por ele cumprir pena de crime anterior, no regime aberto – a prática de novo crime põe fim ao benefício da progressão, por exemplo. A pena ainda pode ser aumentada pelos demais crimes contra Mariana, como estupro e ocultação de cadáver.
COMO FOI – Mariana foi atraída para chácara onde Rodriguinho trabalhava como pintor, em frente à academia que ela frequentava, com a promessa de consertar o pneu do carro da estudante, que ele mesmo havia esvaziado, segundo a polícia. Isso foi na manhã de 24/9. Armado de faca, ele ameaçou a moça e, com pedaços da blusa que ela usava, amarrou-a, vendou os olhos e amordaçou para estupra-la. Depois, estrangulou a estudante.
Ele deixou a chácara no carro dela e levou o corpo a um canavial, antes de seguir para Itápolis, onde acabou preso na noite do mesmo dia. Mariana só foi localizada na manhã seguinte, após Rodriguinho dizer onde estava o corpo. Pelo estupro, ele pode pegar de 6 a 10 anos; pela ocultação de cadáver, mais 1 a 3 anos. Enquanto aguarda julgamento, o criminoso permanece na penitenciária de Iaras, região de Bauru.
HORAH – Você sabe das coisas