
Levantamento feito pelo portal G1 mostrou que a cada 9,2 dias de 2023, até 6 de março, uma mulher foi morta pelo companheiro ou ex-companheiro na região. Os números dão ainda mais credibilidade à estatística divulgada pela Universidade Federal de SP (Unifesp) com base em dados de 2015 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, indicando que uma mulher é violentada no País a cada 11 minutos. Na região, o primeiro feminicídio foi registrado em 31 de janeiro e o último deles no dia 6 deste mês.
Especialistas apontam deficiências nas políticas públicas para prevenir a violência doméstica e também para proteger e acolher as mulheres que são vítimas. Os crimes na região vitimaram Elisângela Cardoso, 35 anos, dia 31/1 em Bastos; Vanessa Reis Costa, 35, em 2/2 em Promissão; Elizângela da Silva, 41, dia 10/2 em Guaiçara; Graziele Santos de Jesus, 36, em 27/2 em Bauru; Roseli Crepaldi, 46, dia 28/2 em Iacanga; Débora Cristina do Amaral, 41, dia 4 último em Guaimbê; e Luciana da Silva, 25, em Dois Córregos, dia 6.

Muitos desses crimes foram cometidos em frente aos filhos ou com os filhos em casa ou, ainda, com a mãe sendo encontrada morta em casa pelos filhos; há também casos em que o executor se suicidou na sequência. Os registros policiais indicam que as algumas dessas mulheres já haviam feito queixas policiais contra os companheiros ou ex-companheiros, ou tinham medidas protetivas contra eles. Por fim, os B.O.s apontam também que as mortes foram sempre violentas, à base de pauladas, pancadas com barra de ferro, facadas e estrangulamento.
A sociedade pode e deve denunciar qualquer situação de violência doméstica. Além da comunicação feita pessoalmente a uma unidade policial, inclusive com preservação da identidade da pessoa, é possível acionar a PM pelo telefone 190 ou a Central de Atendimento à Mulher, pelo 180. O que não pode é se calar diante dos fatos.
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