Licitação da Copinha já está na Justiça; se for derrubada, evento pode ir para Lins

Se licitação não for suspensa, Copinha será custeada com dinheiro público e acontecerá no campo do MAC (FOTO: Reprodução)

Depois de conseguir liminar para derrubar nada mais nada menos do que 16 licitações que, juntas, totalizavam cerca de R$ 80 milhões, agora o prefeito eleito Vinicius Camarinha (PSDB) também está pedindo que a Vara da Fazenda Pública de Marília suspenda a licitação para a realização da Copa SP de Futebol Jr, a popular Copinha, que acontece em janeiro. Na verdade, ele tenta impedir o uso de dinheiro público para financiar evento esportivo que deveria ser custeado com recursos privados.

Esse é basicamente o argumento do advogado Cristiano Mazeto, que mandou a representação à Justiça em nome de Vinicius e o mesmo que obteve as liminares anteriores contra as demais licitações da administração Daniel Alonso nesse final de governo. “Acabamos de protocolar, já está na Justiça”, confirmou Mazeto ao HORAH, por meio de mensagem, ao ser questionado sobre a licitação da Copinha no final da tarde desta 3.a feira 5.

Vinicius já havia informado por meio da assessoria que pretendia questionar essa licitação também, publicada no Diário Oficial do sábado 2, menos de 24h após as liminares concedidas contra os outros certames pelo juiz Walmir dos Santos Cruz. O prefeito eleito entende que “a prioridade do dinheiro público é para áreas essenciais como a saúde, o social e a educação”, e que eventos esportivos devem ser patrocinados ou pela Federação Paulista de Futebol (FPF) ou pela iniciativa privada.

Presidente do Marília Atlético Clube (MAC) até o final de dezembro, o prefeito Daniel já não estará mais à frente da administração quando a Copinha acontecer. O gasto estimado com hospedagem e alimentação de atletas e comissões técnicas gira em torno dos R$ 600 mil — entre 2023 e 2024, o mesmo evento custou aos cofres públicos mais de R$ 1 milhão. Se a licitação for suspensa, a FPF cogita levar a etapa de Marília da Copinha para Lins, que teria patrocínio privado para o evento.

DENGUE – Outra representação que Dr. Mazeto ingressou hoje foi contra a única licitação anterior mantida pela Justiça, para confecção de cartilhas da dengue, sob alegação de que a cidade corre risco de epidemia da doença. Porém, o advogado entende que a licitação deve ser igualmente suspensa porque não trata de ação efetivamente preventiva, se comparada com investimentos para compra de material, contratação de funcionários ou fiscalização.

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