
Após denúncias ao Tribunal de Contas do Estado e à Cetesb, que já aplicou várias multas contra a Prefeitura de Jaú, agora Luizinho Andretto (Republicanos) quer mais atitude do MP
“Cadê o Ministério Público de Jaú? Jaú tem promotoria pública? Eu já levei pessoalmente os documentos ao promotor (Luís Fernando) Rossetto. Sr. promotor, eu vejo a atuação do sr. com relação ao meio ambiente, especialmente no cuidado com as abelhas, mas será que o acúmulo de lixo que está ocorrendo nesse local, que está escorrendo chorume pela terra, adentrando o lençol freático, não merece uma ação mais enérgica da sua promotoria?”
Essa cobrança direta e incisiva foi feita pelo vereador Luizinho Andretto (Republicanos) na última sessão da Câmara Municipal de Jaú, na 2.a feira (6). Cansado de denunciar as montanhas de lixo a céu aberto que vira e mexe tomam conta da área de transbordo da cidade, o vereador notou que falta mais atitude por parte do MP de Jaú. “Quantas vezes vou ter que mostrar essa situação aqui?”, questionou, exibindo no telão da câmara as imagens do ‘lixão’, feitas com uso de drone.
Tribunal de Contas do Estado (TCE) já foi informado e fez apontamentos do problema à Prefeitura, enquanto a Cetesb já emitiu multas que ultrapassam os R$ 40 mil, segundo Luizinho, mas a administração do prefeito Jorge Cassaro se mostra incorrigível. “O prefeito debocha de nós todos, autoridades municipais, que tentamos uma solução para esse problema”, acentuou Luizinho, novamente em tom de cobrança ao promotor Rossetto.


DINHEIRO NO LIXO – “A prefeitura pagou mais de R$ 2 milhões pra uma empresa que não deu conta do serviço, aí rompeu o contrato; pagou mais R$ 2,2 milhões para um serviço emergencial, sem licitação, e o contrato nem foi cumprido integralmente; agora fez novo contrato de R$ 2,5 milhões para fazer novamente o transbordo, e, sexta-feira (3), publicou a contratação do aterro de Piratininga (região de Bauru) por quase R$ 4 milhões. Olha o dinheiro do jauense indo pro lixo!” — disparou Luizinho Andretto.
Na opinião do vereador, esse pouco caso da administração Jorge Cassaro “não está sujando apenas o meio ambiente, mas o nome da cidade”. E ele arrematou com um recado claro e direto ao prefeito da cidade: “Se não tem competência para gerir essa situação, pede pra sair”.
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