Enquanto o Marília Alético Clube (MAC) se organiza para a disputa do único campeonato ainda previsto para este ano, a Copa Paulista, em setembro, cobra calote da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Isso mesmo. Segundo o vice-presidente Alysson Souza e Silva, responsável direto pela gestão do MAC, a CBF não quitou as verbas da participação inédita do clube na Copa do Brasil, no início deste ano.
Em entrevista a programa esportivo em canal local de televisão, o dirigente maqueano não descartou a possibilidade de ingressar judicialmente contra a entidade máxima do futebol nacional. O caso incomoda. O time jogaria com o Criciúma (SC) em Marília, mas a partida foi transferida para Varginha (MG), quando o governo paulista fechou as praças esportivas para conter a pandemia do Coronavírus. De ônibus, o clube viajou para Minas e, assim que chegou lá, foi informado pela CBF que o jogo seria em Cariacica (ES), tendo de embarcar de novo para o longo percurso.
Ao todo, o time viajou 2,3 mil quilômetros até chegar ao local da partida, aumentando o custo com transporte, alimentação e hospedagem, sem falar que 27 atletas, dirigentes e funcionários contraíram Covid, o que Alysson chama de “prejuízo impossível de ser mensurado”. A cota que a CBF deve ao MAC pela participação na Copa do Brasil é de R$ 560 mil. Os custos extras também seriam cobertos pela entidade, o que não aconteceu. Alysson estimava um gasto inicial de R$ 50 mil com o jogo sendo realizado em Marília – R$ 33 mil bancados pela CBF e R$ 17 mil pelo MAC -, mas o valor se multiplicou várias vezes com a peregrinação maluca até jogar no ES.
Fora da Copa do Brasil e também do Paulistão da A-3 no primeiro semestre, o MAC trabalha agora pensando na única competição ainda prevista para este ano, que é a Copa Paulista. No momento, os dirigentes atuam na renegociação dos patrocínios para manter as contas em dia e também o elenco, que deverá sofrer algumas alterações.
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