MAIS FÓSSEIS DE DINOSSAURO SÃO ACHADOS NAS OBRAS DA RODOVIA RACHID RAYES EM MARÍLIA

Novos fósseis de dinossauro são achados durante obras em rodovia de Marília (Foto: Entrevias e Museu de Paleontologia de Marília/Divulgação)

Novos fósseis de dinossauro foram encontrados em obras de duplicação de uma rodovia na região de Marília. Uma das peças, provavelmente um fêmur de um Titanossauro, foi achada na última sexta-feira (24), a cinco metros de profundidade, durante escavações de um talude às margens do km 341 da Rodovia Rachid Rayes (SP-333), em Marília, a aproximadamente 370 quilômetros de São Paulo.

O caso, informado nesta quinta-feira (30) pela concessionária que administra a rodovia, aconteceu apenas quatro meses depois do achado paleontológico anterior, quando a localização também de um fêmur chegou a paralisar as obras de duplicação da Rodovia Leonor Mendes de Barros (SP-333), entre as cidades de Marília e Júlio Mesquita, a cerca de 40 quilômetros de distância do achado da última sexta.

Osso principal estava colado a um bloco de arenito e foi extraído por peleontólogos em apenas uma hora (Foto: Entrevias/Divulgação)

Nesta quinta-feira (30), o diretor do Museu de Paleontologia de Marília, William Nava, foi ao local das obras e encontrou novamente outros pedaços de ossos. Ele estava na companhia do geólogo Nilson Bernardi, da empresa que faz o monitoramento paleontológico do trecho da SP-333 em obras, e recolhei novos fragmentos ósseos que podem ser do mesmo dinossauro, um Titanossauro, pois estavam próximos do ponto onde foi achado o fóssil maior.

“São fragmentos de costelas, que associadas aos fósseis encontrados na sexta-feira dão uma ideia de que provavelmente havia no local mais ossos fossilizados que acabaram revelados pelos tratores. O andamento das obras poderá trazer novas surpresas, o que confirma nossa convicção de que a atual região de Marília foi habitada por diversos dinossauros, principalmente os Titanossauros, herbívoros de pescoço e cauda longos”, afirmou Nava.

Retirada

Logo após a localização do fêmur por funcionários da obra, foram acionados técnicos de engenharia e de meio ambiente da concessionária de responsável pela obra e uma geóloga, que acompanharam o resgate do osso. A retirada do fóssil levou cerca da uma hora e as obras seguiram normalmente.

A extração do fóssil intacto foi assumida por paleontólogos de uma empresa especializada e do Museu de Paleontologia de Marília. Como o fóssil, que estava colado a um bloco de arenito, se desprendeu do talude facilmente, a paleontóloga Domingas Maria da Conceição usou apenas um martelo e uma talhadeira para diminuir o tamanho do bloco e recolher a peça.

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