UM DIA APÓS QUEBRA-QUEBRA EM BRASÍLIA, POLÍCIA CONTINUA BLOQUEANDO PASSAGEM DE ÔNIBUS FRETADOS PARA LEVAR MANIFESTANTES
Cerca de 50 ônibus já teriam tido a passagem bloqueada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em estradas dos estados de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná, lotados de manifestantes que participaram do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes na tarde do domingo (8), em Brasília-DF. Todos estão sendo encaminhados às delegacias da Polícia Federal e vistoriados; os ocupantes são fotografados e identificados individualmente, depois prestam depoimento e são liberados. A maioria dos viajantes apresenta manchas roxas no corpo, resultado das balas de borracha disparadas pela polícia durante invasão dos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto.
Ao SBT Rio Preto e oextra.net o inspetor da PRF Flávio Catarucci confirmou que um dos ônibus parados na BR-153, município de Onda Verde, levava “passageiros de Bauru, Jaú e Botucatu”. Ele também afirmou que os viajantes “relataram participação nas invasões e confrontos com as forças de segurança” em Brasília, e que agora “vão responder com as forças da lei”. Ao HORAH, o inspetor enviou informações e fotografias da abordagem ao ônibus fretado na região de Rio Preto.
Este mesmo ônibus levava também a professora Sandra de Moraes Gimenes Bosco, do Instituto de Biociências da Unesp Botucatu, detida por envolvimento com os atos terroristas em Brasília. Foram identificadas postagens anteriores feitas por ela convocando manifestantes para o que chamava de Caravana Brasília, observando que a viagem não teria nenhum custo. Em nota, a Unesp informou que abriu processo administrativo para apurar a participação de servidores no ato golpista e que não compartilha do posicionamento e atitude deles, reiterando apoio à democracia e às instituições brasileiras.
A imprensa também está noticiando que duas mulheres de Tupã, região de Marília, estão entre outras que foram presas pela polícia durante o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. O advogado Victor Anuvale, que representa Rosimeire Morandi, disse que ela e Vanessa Harume Takasaki são suspeitas de infringir o Artigo 359-M da Constituição (tentar depor governo legitimamente constituído, por meio de violência ou grave ameaça). Elas podem ser punidas com pena de 4 a 12 anos de reclusão, caso condenadas. Elas foram encaminhadas para a Penitenciária da Colmeia, segundo o advogado.
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