LEIA ATENTAMENTE PARA SABER MAIS E LEMBRE-SE QUE O DIAGNÓSTICO PRECOCE AUMENTA A CHANCE DE CURA
No mês de prevenção ao câncer de mama, quando acontece o Outubro Rosa, mastologista da Unimed Marília Dr. Wellerson de Aguiar Miranda tira as dúvidas mais comuns da população. Objetivo é aumentar a conscientização para a importância do exame de prevenção da doença. Confira aqui o material distribuído pela Unimed Marília.

1 – Quais os principais fatores de risco?
O câncer de mama é uma doença multifatorial e a que mais mata mulheres no mundo. Só neste ano são esperados mais de 68.000 novos casos da doença no Brasil. Dentre os principais fatores de risco, destacam-se: idade (quando mais, maior a chance de desenvolver a doença); irradiação ionizante (na 2ª Guerra Mundial, após as bombas atômicas em Nagazaki e Hiroshima, todas as crianças e adolescentes femininas que sobreviveram ao bombardeio tiveram câncer de mama quando adultas); raça (mulheres brancas têm risco maior); histórico familiar para a doença; além dos chamados hábitos da vida moderna (não ter filhos, primeira gestação após os 30 anos, stress, uso de álcool, obesidade, sedentarismo, questões hormonais.
2 – O câncer de mama tem sintomas?
Trata-se de uma doença silenciosa na maioria dos casos. Dentre as manifestações, destaco: a) aparecimento de nódulos ou caroços nas mamas e axilas; b) retração na pele; c) inversão papilar (quando o mamilo volta-se para dentro); d) secreção sanguinolenta ou chamada ‘água de rocha’ no mamilo; e) vermelhidão e espessamento da mama (aspecto de casca de laranja).
3 – Quem deve procurar o mastologista?
Toda paciente de alto risco e com histórico familiar, quem quer avaliar o risco hereditário para a doença, quem já tem diagnóstico de câncer de mama ou de lesões de risco, quem apresenta dor nas mamas (mastalgia) etc. Importante observar que a rotina ginecológica deve ser mantida e a qualquer sinal diferença nas mamas, procurar o médico, que certamente fará o encaminhamento para o mastologista.
4 – O autoexame preventivo é importante?
Sim, porque em torno de 40% dos diagnósticos no mundo são feitos pela própria mulher, o que significa que o fato de se autoexaminar é imprescindível. Ao notar qualquer coisa diferente que não havia antes, o médico deve ser procurado para o exame físico adequado e de diagnóstico para confirmar ou afastar a possibilidade da doença. Quanto antes, melhor.
5 – A mulher deve fazer a mamografia todos os anos?
A partir dos 50 anos, as mulheres devem fazer mamografias anuais; entre 40 e 50 anos com histórico familiar positivo, também; se o histórico é negativo, as mamografias devem ser a cada dois anos. Mulheres mais jovens, com menos de 40 anos, devem fazer o rastreamento com ultrassonografia das mamas e, eventualmente se houver alguma suspeita, o exame de imagem; se a mulher é usuária de próteses ou se tem história familiar de câncer de mama, devem passar pela ressonância nuclear magnética.
6 – Homens também são afetados pelo câncer de mama?
Sim. Diagnóstico, tratamento e prognóstico (chance de cura e sobrevida) são absolutamente iguais aos casos que acometem mulheres. A principal diferença é que o câncer de mama masculino está associado à presença de mutação genética (câncer hereditário – filhas, irmãs e netas dele devem fazer exames de pesquisa dessa mutação genética para o devido acompanhamento).
7 – Uma rotina saudável reduz os riscos da doença?
Sem dúvida alguma. Tivemos um trabalho publicado recentemente na The Lancet, importante revista científica, mostrando que atividade física regular e alimentação saudável podem reduzir em até 40% o risco de câncer de mama.
8 – E o tratamento, como funciona?
Ele está diretamente relacionado ao tamanho do tumor: se for pequeno, cirurgias menos agressivas resultam em grande chance de cura; se for maior, pode ser necessária a mastectomia e é menor a chance de curar a doença. A complementação do tratamento com quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia vai depender dos subtipos do tumor, tamanho e se ele está restrito à mama ou já espalhou (a chamada metástase).
9 – Por fim, qual a importância do Outubro Rosa?
Fundamental, porque é um mês de conscientização e divulgação do conhecimento sobre o câncer de mama. Alertar as pessoas através da mídia para a importância do diagnóstico precoce que aumenta em muito a chance de cura é necessário.
Qualquer sintoma ou dúvida, procure um médico especialista, podendo consultar o endereço www.unimed.coop.br/site/web/marilia/guia-medico.
(c/ informações da Assessoria)