MENINO ESPECIAL É ‘ESQUECIDO’ DENTRO DE ÔNIBUS DA PREFEITURA POR HORAS

Menino não foi pego em casa, mas não chegou à APAE (FOTO: Reprodução/institucional)

TRATA-SE DE ALUNO DA APAE JAÚ, QUE EMBARCOU POR VOLTA DAS 12H E TERIA SIDO ENCONTRADO SÓ ÀS 16H

Menino de aproximadamente 10 anos foi ‘esquecido’ dentro de ônibus da prefeitura de Jaú na tarde da última 5ª feira 14, onde permaneceu por algumas horas. Não há ainda como determinar o tempo exato, mas ele foi apanhado em casa por volta das 12h e só foi notada a falta dele em torno das 16h. Trata-se de aluno especial que não fala e é frequentador da APAE.

HORAH apurou que a entidade orientou os pais a não dar o almoço aos filhos naquele dia, pois seria servida refeição na escola e uma festa com ovos de chocolate em comemoração à Páscoa. Como alguns alunos não compareceram, a entidade disponibilizou funcionários para levar os doces às residências. Foi quando descobriram que o menino havia ido no ônibus para a APAE, mas não chegou lá.

“A mãe se desesperou, com toda a razão, e acabamos descobrindo que a criança estava no ônibus com uma monitora. Então ela foi levada pra casa, porque ainda estava sem se alimentar”, contou um funcionário, cuja identidade será preservada. Apesar do susto, a criança estava bem. Na manhã desta 2ª feira 18, o pai exigiu explicações da Secretaria da Educação, que repassou o caso à prefeitura na expectativa de um procedimento administrativo.

Secretária Elenira já chamou monitoras para explicações, mas haverá sindicância (FOTO: Divulgação PMJ)

“Na verdade, a criança ficou dormindo no ônibus. Mas eu já chamei as duas monitoras que acompanham essas crianças para prestarem esclarecimentos”, comentou a secretária da Educação Elenira Cassola, que prometeu apurar os fatos. HORAH soube que depois de deixar as crianças na APAE, o ônibus ficou estacionado na praça do Beco, Centro, com a criança dentro. Além do motorista, a turma é acompanhada por duas monitoras.

De 2006 a 2018 uma empresa terceirizada fazia o transporte da APAE, mas a administração passada não renovou o contrato e, desde então, a Secretaria da Educação assumiu essa responsabilidade. Após a fala da secretária, algumas dúvidas persistem: 1) Se a criança ficou dormindo no ônibus, por que não foi informado à APAE? 2) Por que a criança não foi levada para dentro da entidade, onde há acomodação adequada? 3) Por que a falta do menino só foi notada quando funcionários da APAE foram à casa dele?

HORAH – A VERDADE DOS FATOS